segunda-feira, 5 de setembro de 2022

ATENÇÃO ÀS ESCADAS ROLANTES!

 

Quero relatar para os meus leitores, por ser de interesse geral, um incidente ocorrido ontem, domingo, em Munique, nas escadas rolantes de uma estação ferroviária, onde o cão de uma senhora idosa ficou preso pela cauda. Valeu na circunstância ao pobre animal a pronta ajuda de alguns transeuntes, que de imediato pararam a dita escada rolante, chamando depois as equipas de resgate, uma vez que o cão continuava preso. Com a ajuda de várias ferramentas e cunhas, os bombeiros conseguiram finalmente libertar o animal, enquanto a sua dona era assistida pelos serviços de emergência e acalmada por alguns transeuntes. Após isto, o cão, que se chamava Charlie, regressou com a sua dona a casa depois daquele tremendo susto. Como dizia o grande William Shakespeare numa das suas peças teatrais, “All's Well That Ends Well” (tudo está bem quando acaba bem) e foi assim que aconteceu, muito embora a maioria dos incidentes com cães não tenha um final feliz.

Todos o cães precisam de aprender a andar nas escadas rolantes, mormente os cães-guia, os de serviço e os de apoio emocional que acompanham os donos para todo o lado (também os de patrulha). Os donos cujos cães não conseguiram ultrapassar o pânico às escadas rolantes, ou desusam-nas ou vêem-se obrigados a carregá-los ao colo. A maneira correcta de um cão descer umas escadas rolantes é com as patas dianteiras num degrau e as traseiras no degrau seguinte, sendo transportado inclinado para a frente, exactamente como desceria um declive idêntico. O condicionamento que se pede nas descidas é o mesmo que se exige nas subidas, com o cão apoiado em dois degraus, mas agora com os membros anteriores apoiados no degrau da frente. Nas saídas, quer se suba ou desça, os donos devem adiantar-se em relação aos cães, dando-lhes assim o exemplo e ajudando-os com isso a vencer qualquer receio comprometedor. Aqueles que persistem em sentar os seus animais nas escadas rolantes, deverão atempadamente mandá-los pôr de pé perante a aproximação das saídas, para que não fiquem presos naquele mecanismo. Os cães de manto mais peludo e os de cauda comprida, tombada e felpuda merecem uma atenção redobrada. Observe estas recomendações se não quer ficar com algum domingo estragado como ficou a senhora de Munique, que por pouco não ficava com um cão de cauda amputada.

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