quinta-feira, 8 de setembro de 2022

OS DE CHIPRE ABRIRAM FINALMENTE OS OLHOS

 

CHIPRE, nação e a 3ª maior ilha do mediterrâneo, têm milhares anos de história e um sem número de lendas que fascinam quem a visita. Uma delas, talvez a mais conhecida, proveio da mitologia grega, aquela que dizia ter nascido ali AFRODITE, divindade helénica considerada a deusa do amor, da beleza, do desejo e da fertilidade, sendo por isso também conhecida como “ILHA DO AMOR”, porque há ainda quem acredite que nadar à volta da sua rocha é garante de um amor eterno. Cultural e demograficamente, Chipre encontra-se dividida em duas áreas de influência: a dos cipriotas gregos e a dos cipriotas turcos. Todos estes ingredientes fazem dela um destino turístico de eleição, onde os raios da antiguidade se combinam com o sol contemporâneo. Não é da antiguidade clássica nem do turismo de Chipre que me vou debruçar, mas da correcção para mim tardia da lei nacional relativa aos cães, que segundo os seus autores visa tornar mais fácil e eficaz a sua implementação, com o objectivo de diminuir o número de animais abandonados na ilha, quanto possível.

Foi isso que fez saber hoje o Ministério da Agricultura deste país, também membro da União Europeia, dizendo que a actual lei corrigida, tornada agora decreto-lei, foi aprovada em conselho de ministros ontem e já foi enviada para o parlamento para aprovação. Esta notícia é mais do que bem-vinda, considerando que um cão abandonado atacou um menino de oito anos há uma semana atrás e a criança ainda se encontra hospitalizada em estado grave. Objectivamente, este novo projecto de lei visa atribuir responsabilidades às autoridades envolvidas e garantir uma gestão mais eficaz das emergências relativas aos cães perigosos, assim como introduzir novos procedimentos e penalizações para promover a posse de cães mais responsável. Com este novo projecto de lei espera-se ver melhorada a forma de como o problema dos cães vadios será gerido, bem como o processo para a aquisição de uma licença de propriedade dos cães. Também a transferência, a identificação e o registo dos cães obedecerá a novos critérios, exigências e cuidados. Finalmente as autoridades cipriotas acordaram para um problema que tardavam em resolver e que aumenta à medida que o tempo passa e, que ao não ser prontamente resolvido, poderá cognominar a ilha de ILHA DOS CÃES VADIOS em substituição ao de ILHA DO AMOR.

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