Por
vezes há híbridos e mestiços caninos que juntam o pior dos seus dois mundos,
animais malvados de difícil controlo, como os resultantes do cruzamento entre
os grandes molossos e os lupinos (as pessoas do leste da Europa sabem
perfeitamente ao que me refiro atendendo aos diversos Ovcharkas que têm por lá).
Hannibal Lecter é uma personagem malvada interpretada pelo actor galês Anthony Hopkins,
extramente maquiavélica e inquietante, um verdadeiro anjo do mal. Ao que tudo
indica, a Alemanha parece já ter o seu Hannibal Lecter, um homem de 62 anos que
espalha o terror por onde passa com o seu cão mestiço, animal que morde a quem
muito bem entende ou a quem o dono deixa e que já vai no seu terceiro ataque.
O último ataque aconteceu na passada terça-feira, dia 13 de setembro, segundo divulgou a polícia ontem, perto de Frontenhausen, município alemão no distrito de Dingolfing-Landau, na região administrativa de Niederbayern, estado de Baviera, quando entrou num jardim e mordeu uma criança de dois anos de idade, deixando-a gravemente ferida, com dentadas na cabeça e em várias partes do corpo, pelo que teve que ser evacuada de helicóptero para o hospital. As investigações policiais levadas a cabo, revelaram que aquele cão já havia mordido uma pessoa em Munique no passado mês de março e outra em Frontenhausen, em julho. Ontem, quinta-feira, dia 15 de julho do corrente ano, o cão foi retirado ao sexagenário e levado para um abrigo de animais, desconhecendo-se qual o seu destino e sorte. Entretanto, o homem de 62 anos está a ser investigado por danos corporais perigosos. A meu ver, quem deveria ser detido e internado, pelo tempo julgado conveniente, deveria ter sido o dono do animal, que ao continuar solto poderá arranjar outro cão igual. Enquanto os cães forem mortos e os donos ilibados, estaremos a atentar descaradamente contra o bem-estar animal, a responsabilizar os cães pelos seus actos e a inocentar os verdadeiros responsáveis.
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