Parece
não suscitar dúvidas a ninguém que a monarquia inglesa e a Commonwealth já
tiveram dias melhores, mas não sei se o fim da primeira levará ao
desmembramento da última, uma vez que estão tão intrinsecamente ligadas. Com
uma nova ordem mundial a delinear-se, nada será como dantes e estamos
claramente a atravessar um fim de ciclo, o que não é nada bom para os monarcas
do Reino Unido, que nem em Inglaterra gozam de grande prestígio e de admiração
popular, admiração que parece ter-se esgotado nos funerais de Diana e de Isabel
II. Ao rei, cujos dias parecem contados (dói vê-lo marchar), já lhe descobriram
“dedos de salsicha” (o homem tem uns pés horríveis) e birras com canetas. A
rainha consorte não goza de muita simpatia por parte dos seus súbditos,
assombrada pela ex do rei. Contudo, the monarchy must go on e há que deitar as
mãos aos cães, estratégia política que tem valido a muitos governantes,
cativando assim grande número de eleitores e mantendo-se no poder.
Na Europa é raro haver um governante que apareça sem um cão ao lado e até Putin tem vários prà troca. Ao aparecerem com os seus novos cães, Beth and Bluebell, dois Jack Russell Terriers resgatados de um abrigo de animais em 2017, Carlos e Camilla estão a querer confundir-se com Isabel II para tirar dividendos disso e a apelar ao coração dos ingleses, que na sua maioria têm uma verdadeira adoração por cães. Será que Camilla, ao aparecer com uns cães adoráveis a seu lado, conseguirá mitigar o ódio e a indiferença que muitos ingleses têm por ela? Vale a pena tentar!
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