terça-feira, 2 de março de 2021

MONTANHISMO E CÃES SÃO POR VEZES INCOMPATÍVEIS

 

Na ilha onde o grande Imperador Napoleão nasceu, na Córsega, no passado Domingo, durante uma caminhada no cume Culaghja, acima de Asco, na Haute-Corse, o Border Collie de um grupo de caminhantes escorregou numa ladeira e por lá ficou sem ser visto, apesar de um homem de 33 anos tentar alcançá-lo, tentativa que resultou numa fractura no tornozelo, sendo o homem socorrido por dois membros do pelotão de polícia de alta montanha. No dia seguinte, um dos soldados voltou ao mesmo local para treinar e decidiu aproveitar a ocasião para procurar o animal, que não respondia ao chamamento do militar. Diante de tal silêncio, o soldado deslizou a sua cabeça num buraco entre a rocha e a neve, cerca de 30 metros abaixo da saída, e encontrou o cão silencioso. Depois de o prender com uma trela e de o transportar para um lugar seguro, devolvendo-o finalmente ileso ao dono.

Os cães que têm “pé-de-lebre”, os que apresentam grande adiantamento dos dois dedos do meio em relação aos exteriores, foram feitos para se deslocar em pisos regulares e planos, onde atingem altas velocidades, não sendo por isso próprios para o montanhismo ou para acompanhar caminhantes nas montanhas. Os cães mais apropriados para esse fim são os que ostentam “pé-de-gato”, cuja disposição dos dedos é redonda, o que lhes permite uma melhor aderência e equilíbrio nos pisos acidentados, animais que normalmente são menos explosivos e por isso mesmo menos propensos a quedas.

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