Se o populacho discutia
política, código da estrada e futebol em tempos idos, hoje e de um momento para
o outro, fenómeno ainda por explicar, toda a minha gente se diz entendida em
cães e tece sobre eles comentários totalmente descabidos, deslocados e mesmo
falsos, o que acaba por promover ou despromover determinadas raças. Eu já vi
“vender” Bull Terriers como anjos e demónios, elevá-los aos mais altos píncaros
e rebaixa-los à pior das criaturas. Farto de ouvir asneiras, decidi desabar
neste Blogue e dizer que o Bull Terrier é um dos cães da minha eleição e vou já
dizer porquê.
Gosto do Bull Terrier
porque é um cão leal, confiável e afável, extraordinariamente interactivo e
divertido, inteligente e brincalhão, muito disponível e amigo das crianças, que
“funciona” maioritariamente pela memória afectiva, naturalmente insubornável e
valente, que nunca vira a cara à luta e que nunca desiste dos seus, mais-valias
de que posso apossar-me através da sociabilização precoce com cães e pessoas,
treino firme, mas amoroso, muito exercício e longos períodos de interacção, o
que implica em dizer que o seu treino exige paciência, consistência e liderança
firme.
Com tamanhas qualidades a tão baixo “preço”, facilmente se entende porque aprecio o Bull Terrier, um dos últimos valentes que teremos oportunidades de conhecer, já que o futuro dos cães com pedigree parece ter os dias contados. O seu excepcional vigor, associado à sua disponibilidade e versatilidade, podem transformá-lo num excelente cão de família, num Bodyguard seguro, num guardião pouco visto, num companheiro de tarefas, num campeão de obstáculos tácticos e no melhor dos amigos, daqueles que nunca nos abandonam e que morrem ao nosso lado se for necessário. Bull Terrier? Eu digo que sim!
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