quinta-feira, 4 de março de 2021

ESTRANHOS SEXAGENÁRIOS

 

Finalmente começa a falar-se das doenças mentais que a presente pandemia tem despertado e agravado, patologias que nem as crianças e os jovens poupam e que levam alguns do mais velhos tanto à apatia como ao desprezo pela vida, a borrifar-se nos outros e até a desafiar as forças da ordem. Ontem à noite, na capital alemã (Berlin), em Weißensee, no distrito de Pankow, um casal de sexagenários ameaçou dois polícias com uma faca e uma tesoura quando abordado pelos agentes da autoridade, que foram no seu encalço por terem ameaçado um passageiro com uma faca numa paragem de autocarro na Berliner Allee. Apesar dos polícias terem exigido repetidamente aos idosos que largassem aqueles utensílios, a mulher continuou a avançar a avançar para cima deles, de faca e tesoura em punho, e nem um tiro de aviso para o ar a deteve. Perante tal resistência, os polícias atiraram várias vezes na mulher (provavelmente com balas e borracha). Apesar de feridos nas pernas, os idosos puseram-se em fuga e não teriam sido apanhados se um cão da polícia não os tivesse alcançado.

A pessoa ferida foi levada a um hospital pelas equipas de emergência, apesar da pouca gravidade das suas feridas. Os polícias envolvidos viram interrompidas as suas funções por necessidade de atendimento. Uma investigação posterior foi levada a cabo por uma comissão de homicídios da Polícia Criminal do Estado.

Também não faltam por cá indivíduos que “querem fazer a folha aos polícias”, maioritariamente cidadãos oriundos da base da pirâmide social, que veem a sua sobrevivência cada vez mais ameaçada e que historicamente, por uma razão ou outra, sempre acabam envolvidos em desacatos. O que agora se estranha são os crimes perpetrados pelos mais velhos (sexagenários, septuagenários e octogenários) contra as suas companheiras, filhos e outros familiares. Espera-se que a pandemia vá para o quinto dos infernos, donde provavelmente terá vindo!

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