sexta-feira, 19 de março de 2021

EM DETROIT AINDA VAI ACABAR TUDO À DENTADA

 

Durante dois anos consecutivos, o Rottweiler ocupou o 2º lugar na preferência dos habitantes de Detroit, no estado norte-americano do Michigan e agora alcançou o 1º lugar. Detroit tem como principal renda a indústria automobilística, abrigando a sede mundial da General Motors, a Ford Motor Company e a sede americana do Grupo Fiat Chrysler Automobilizes Em simultâneo, é considerada uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos, com uma taxa média de homicídios de 47 em 100.000 habitantes (dados de 2006). As assimetrias sociais são enormes e mais de 20% das famílias vivem abaixo do limiar da pobreza e, como se isso não bastasse, a região metropolitana da cidade é uma das metrópoles mais segregadas dos Estados Unidos.

Diante deste cenário alguém acredita que a esmagadora maioria dos proprietários locais de Rottweilers adquiriu-os para os sociabilizar precocemente com terceiros? Todos sabemos dos tumultos que a cidade já sofreu, dos saques e da destruição, da brutalidade policial, da ausência de escrúpulos de alguns euro-americanos e do pavor que a maioria dos afro-americanos tem pelos cães. Detroit é como um vulcão prestes a entrar em erupção, só que desta vez vai haver muito cão pronto a entrar em acção. A opção pelo Rottweiler (o cão não é culpado de nada) está directamente ligada com a instabilidade social que despoleta múltiplos conflitos. Como as armas têm venda livre nos States, o Rottweiler é mais uma ao serviço de toda a casta de vigilantes, justiceiros e ladrões. Oxalá que não, gostaria de estar enganado.

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