Durante
dois anos consecutivos, o Rottweiler ocupou o 2º lugar na preferência dos
habitantes de Detroit, no estado norte-americano do Michigan e agora alcançou o
1º lugar. Detroit tem como principal renda a indústria automobilística,
abrigando a sede mundial da General Motors, a Ford Motor Company e a sede
americana do Grupo Fiat Chrysler Automobilizes Em simultâneo, é considerada uma
das cidades mais violentas dos Estados Unidos, com uma taxa média de homicídios
de 47 em 100.000 habitantes (dados de 2006). As assimetrias sociais são enormes
e mais de 20% das famílias vivem abaixo do limiar da pobreza e, como se isso
não bastasse, a região metropolitana da cidade é uma das metrópoles mais
segregadas dos Estados Unidos.
Diante deste cenário alguém acredita que a esmagadora maioria dos proprietários locais de Rottweilers adquiriu-os para os sociabilizar precocemente com terceiros? Todos sabemos dos tumultos que a cidade já sofreu, dos saques e da destruição, da brutalidade policial, da ausência de escrúpulos de alguns euro-americanos e do pavor que a maioria dos afro-americanos tem pelos cães. Detroit é como um vulcão prestes a entrar em erupção, só que desta vez vai haver muito cão pronto a entrar em acção. A opção pelo Rottweiler (o cão não é culpado de nada) está directamente ligada com a instabilidade social que despoleta múltiplos conflitos. Como as armas têm venda livre nos States, o Rottweiler é mais uma ao serviço de toda a casta de vigilantes, justiceiros e ladrões. Oxalá que não, gostaria de estar enganado.
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