Sociabilização rima em
Portugal com castração e esterilização, quando na verdade ela pode acontecer
sem medidas tão drásticas, bastando para tanto que mais cães cheguem aos
centros caninos e que estes dispensem mais atenção e maior carga horária a este
primordial conteúdo de ensino. O desprezo pela sociabilização torna o
adestramento fútil e sujeita os cães a um conjunto de agruras, que tanto pode
condená-los à morte como causar vítimas. E se a situação não está pior, é
porque ainda coexistem dias de sorte e gente boa como se verificou em Frankenhardt,
município alemão no distrito de Schwäbisch Hall, na região administrativa de Stuttgart,
no estado de Baden-Württemberg, onde um cão matou um gato.
Hoje, por volta das 13 horas, quando se encontrava a passear solto com o seu dono solto, um cão viu um gato no jardim da frente de uma moradia e perseguiu. Quando o pequeno felino correu para dentro da casa do dono, o cão seguiu e agarrou-o na sala de estar da família. O dono do gato tentou manter o cão afastado do seu animal de estimação, mas não conseguiu. O cão pôs-se depois em fuga, vindo mais tarde a ser apanhado pelo seu proprietário e pela polícia. Talvez pela surpresa da situação, o cão escapou ileso ao proprietário do gato, porque doutra forma poderia unir o seu destino ao do felino, sem que ninguém visse ou desse por isso, muito embora “a procissão ainda vá no adro”, porque ninguém gosta de ver o seu gato a ser morto por um cão desconhecido e há quem não dispense a vingança. O mundo dos animais de estimação é construído de afectos e como tal muito perigoso, porque é sobejamente mais emocional do que razoável (já houve gente a matar gente por causa dos animais). Penso que não restam dúvidas quanto à importância da sociabilização no adestramento canino.
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