Um
macedónio de 54 anos, dono de uma pousada e residente num condomínio
residencial em Ebelsberg, no distrito austríaco de Linz, foi condenado hoje
pelo tribunal ao pagamento de 2.400€ por ter saído de casa dois dias antes de
terminar a quarentena que lhe foi imposta, a pretexto da necessidade de passear
o seu Rottweiler. Este senhor e a sua esposa foram visitar a sua terra natal no
mês passado e no regresso à Áustria a mulher testou positivo, ficando o marido
de quarentena como pessoa de contacto 1. No passado dia 22 de novembro, quando
já apresentava sintomas leves, também ele testou positivo. No dia 30 do mesmo
mês, dois dias antes do final do seu isolamento, saiu à rua com o seu cão. A
polícia ligou para o seu telemóvel (celular) e pediu-lhe que acenasse à janela
de sua casa para verificar se ele estava a cumprir a quarentena, precisamente
na ocasião em que o macedónio havia saído de casa com o seu Rottweiler para uma
floresta ali perto.
Por via disto, o homem teve que responder pela ofensa de colocar deliberadamente em perigo outras pessoas através de doenças transmissíveis, crime que ali pode ser punido com até 3 anos de prisão. O macedónio tentou defender-se ao dizer que a sua esposa não conseguia segurar o Rottweiler e que este se não saísse tornar-se-ia agressivo, para além de dizer que ignorava estar a contribuir para a infecção de outrem, porque não acreditava ser ainda contagioso. A acusação foi renitente e relembrou ao tribunal que a notificação recebida pelo homem obrigava-o a permanecer literalmente em casa. Na aplicação da multa, o juíz teve em consideração a profissão do arguido e as actuais dificuldades económicas na restauração. Mesmo assim, o condenado achou a multa demasiado elevada e interpôs recurso. Duvido que o tribunal de apelação altere a sentença do primeiro, quando muito, agravá-la-á.
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