Natal
é a altura do ano em celebramos o Nascimento de Jesus Cristo, o Deus que se fez
homem para pagar o preço dos nossos pecados, morrer na cruz e que ao
ressuscitar venceu a morte, provando que há vida para além dela e que a eterna
comunhão com Deus está ao alcance de todos aqueles n’Ele crerem. Assim, o natal
não são luzes, presépios e prendas, faustosas jantaradas familiares ou excelentes
ocasiões de negócio, que outra coisa não são do que idolatria, apostasia e
tradições que em vão tentam encobrir a verdadeira mensagem redentora e
universal do Natal – já nasceu o nosso Salvador! Todos os anos celebramos o
Natal e nem por isso estamos mais fraternos uns com os outros, montamos o
presépio e ignoramos os apelos de ajuda dos mais necessitados à nossa volta,
isolamo-nos cada vez mais e desprezamos tudo o que nos incomoda. Mesmo assim,
dizemo-nos cristãos e justos, apesar de nos esquecermos de Deus, não nos
arrependemos da nossa avareza, surdez e desrespeito pelos outros, como se eles
não contassem e não fossem para Deus também importantes, como se a mensagem da
salvação fosse só para nós e remível pela maior ou menor riqueza de cada um.
O
Emanuel, o Deus connosco, disse a determinada altura do seu ministério: "Dou-vos
um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim
também vós deveis amar-vos uns aos outros." Deus deu a Fé aos homens para
que reconheçam os seus erros, lhe peçam perdão e se apossem da justificação
alcançada por Cristo em prol da humanidade. Infelizmente não é assim que
procedemos no natal, altura em que por natureza somos ainda mais egoístas. Se
ao menos a época que celebramos servisse para eliminar antigas inimizades e
rancores, para levar comida a quem tem fome, para eliminar muros e estabelecer
pontes com os outros, para ajudar quem se encontra de rastos; para socorrer os
aflitos e para levar paz a quem vive em angústia, não tenho dúvidas – o mundo
seria substancialmente melhor, mais justo e fraterno, um lugar mais agradável
para se viver.
Os desejos que formulei atrás, atendendo à natureza humana, parecem pura utopia, porque ano após ano a história repete-se e os comportamentos não mudam, apesar do Nascimento do Filho de Deus ser uma Boa Nova e trazer ao mundo uma esperança confiável, que há-de cumprir-se. Contente por isso e eternamente grato, sinto-me ao mesmo tempo triste, porque as promessas de Deus são tratadas como loucura e substituídas pelo deus que carregamos dentro da barriga ou na carteira, um Deus que ao contrário do verdadeiro, continua a apelar aos homens de má vontade, os seguem as suas próprias inclinações e que desprezam Deus. Tenho pena deles, porque a Fé que Deus me deu continua a alegrar-me no Natal, altura em que retempero as minhas forças e sigo adiante. Grato a Deus pelo que Ele fez mim, ao arranjar-me um Salvador, convido todos os meus leitores a procurar o Deus-Menino e a fazer deste mundo um lugar francamente melhor, já neste Natal.
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