No
Condado norte-americano de San Diego, na Califórnia, surgiu um surto recente e
inesperado de leptospirose nos cães da região, segundo anunciou a Agência de
Saúde e Serviços Humanos local na última Quinta-feira. Desde Outubro, foram
confirmados e devidamente documentados 34 casos de cães infectados,
principalmente nas áreas de Hillcrest e Mission Hills. Vários cães necessitaram
de hospitalização e um deles teve que ser abatido. Os proprietários caninos de
Mission Hill mostram-se preocupados com o surto, porque a maioria dos cães da
região não é vacinada rotineiramente contra a leptospirose.
Os
canis onde foram detectados os casos, informaram os donos dos cães do risco de
contágio e fecharam as suas instalações num período mínimo de 2 semanas para
limpeza e desinfecção. Jenna Olsen, do Hospital Veterinário B Street em
Hillcrest, adianta que a doença pode espalhar-se quando um cão entra em
contacto com a urina de um animal infectado. “Os lugares mais comuns onde isso
pode acontecer em San Diego são os parques, praias e alojamentos para cães”,
disse Olsen. Os sinais de leptospirose em cães são variados e podem incluir
febre, fraqueza muscular, vómitos, diarreia, perda de apetite, letargia e
micção frequente, podendo esta ser sangrenta.
Esta
semana, o condado enviou um alerta de saúde sobre o surto para os médicos e
veterinários locais. A leptospirose é uma doença causada por várias espécies de
bactérias espiroquetas denominadas leptospira. Essas bactérias podem infectar
várias espécies de mamíferos, incluindo humanos, cães, ratos e outros roedores.
As bactérias são libertadas pela urina dos animais infectados e podem
contaminar alimentos, água, solo e até roupa de cama. Cães e pessoas podem ser
infectados pelo contacto directo com abrasões da pele, membranas mucosas ou
pela ingestão de água contaminada. “Quando os cães visitam canis e parques e
brincam, lambem e cheiram-se uns aos outros, eles correm o risco de apanhar essas
bactérias”, disse a Dra. Wilma Wooten, oficial de saúde pública do condado.
"Se o seu cão mostrar algum sinal, você deve levá-lo ao veterinário imediatamente." Olsen diz que existe uma vacina para a doença bacteriana, mas que sem as injecções ela pode ser mortal. “Com o tratamento, felizmente, há uma taxa de sobrevivência de 70 a 80%. E esse tratamento pode variar dependendo da gravidade da doença ", disse ela. Nenhum caso humano foi relacionado com este surto canino, mas qualquer pessoa que desenvolver febre, dores de cabeça, dores musculares - especialmente nas costas e na barriga das pernas - ou outra doença após contacto com um cão doente, deverá consultar o seu médico. Deseja-se que este surto abandone a California o mais rápido possível, a bem das pessoas e dos cães, já que o Covid teima em abandonar-nos.
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