terça-feira, 22 de dezembro de 2020

SAN DIEGO ASSOLADO POR LEPTOSPIROSE

 

No Condado norte-americano de San Diego, na Califórnia, surgiu um surto recente e inesperado de leptospirose nos cães da região, segundo anunciou a Agência de Saúde e Serviços Humanos local na última Quinta-feira. Desde Outubro, foram confirmados e devidamente documentados 34 casos de cães infectados, principalmente nas áreas de Hillcrest e Mission Hills. Vários cães necessitaram de hospitalização e um deles teve que ser abatido. Os proprietários caninos de Mission Hill mostram-se preocupados com o surto, porque a maioria dos cães da região não é vacinada rotineiramente contra a leptospirose.

Os canis onde foram detectados os casos, informaram os donos dos cães do risco de contágio e fecharam as suas instalações num período mínimo de 2 semanas para limpeza e desinfecção. Jenna Olsen, do Hospital Veterinário B Street em Hillcrest, adianta que a doença pode espalhar-se quando um cão entra em contacto com a urina de um animal infectado. “Os lugares mais comuns onde isso pode acontecer em San Diego são os parques, praias e alojamentos para cães”, disse Olsen. Os sinais de leptospirose em cães são variados e podem incluir febre, fraqueza muscular, vómitos, diarreia, perda de apetite, letargia e micção frequente, podendo esta ser sangrenta.

Esta semana, o condado enviou um alerta de saúde sobre o surto para os médicos e veterinários locais. A leptospirose é uma doença causada por várias espécies de bactérias espiroquetas denominadas leptospira. Essas bactérias podem infectar várias espécies de mamíferos, incluindo humanos, cães, ratos e outros roedores. As bactérias são libertadas pela urina dos animais infectados e podem contaminar alimentos, água, solo e até roupa de cama. Cães e pessoas podem ser infectados pelo contacto directo com abrasões da pele, membranas mucosas ou pela ingestão de água contaminada. “Quando os cães visitam canis e parques e brincam, lambem e cheiram-se uns aos outros, eles correm o risco de apanhar essas bactérias”, disse a Dra. Wilma Wooten, oficial de saúde pública do condado.

"Se o seu cão mostrar algum sinal, você deve levá-lo ao veterinário imediatamente." Olsen diz que existe uma vacina para a doença bacteriana, mas que sem as injecções ela pode ser mortal. “Com o tratamento, felizmente, há uma taxa de sobrevivência de 70 a 80%. E esse tratamento pode variar dependendo da gravidade da doença ", disse ela. Nenhum caso humano foi relacionado com este surto canino, mas qualquer pessoa que desenvolver febre, dores de cabeça, dores musculares - especialmente nas costas e na barriga das pernas - ou outra doença após contacto com um cão doente, deverá consultar o seu médico. Deseja-se que este surto abandone a California o mais rápido possível, a bem das pessoas e dos cães, já que o Covid teima em abandonar-nos.

Sem comentários:

Enviar um comentário