Cliodhna
O'Leary, uma residente em Macroom, cidade irlandesa no Condado de Cork, a meio
caminho entre as cidades de Cork e Killarney, criou duas crias de raposa depois
que a mãe destas morreu, quando tinham apenas algumas semanas de vida, levando-as
para casa e constituindo-as parte da família.
Uma
das raposinhas, um macho, infelizmente, morreu nos últimos meses vítima de
atropelamento. A raposinha sobrevivente recebeu o nome de Foxy, julga-se um
cão, vive em liberdade, vem quando é chamada e vem comer à mão. A raposinha adora
os cães da Cliodhna, particularmente Essie, que por sua vez não é grande fã da
raposa, o que não impede que bebam e comam juntas. A foto seguinte disso dá
mostra e recebeu mais de 7.000 likes quando foi postada no Facebook.
Estima-se
que existam cerca de 150.000 e 200.000 raposas na Irlanda, altamente adaptáveis
e encontradas nos mais variados habitats, áreas urbanizadas inclusive. Cliodhna
é um nome com uma grande carga mitológica, uma deusa do amor e da beleza e
também padroeira do Condado de Cork, sendo simultaneamente uma alma penada e
uma fada. Depois do que aconteceu com a Foxy, e com a Cliodhna, a deusa com
este nome passou a ser também a “deusa das raposas” (Foxy na foto abaixo).
Cães e raposas podem reproduzir-se, os híbridos mais comuns e de mais fácil obtenção são os resultantes de raposo com cadela. Em tempos idos, quando a ignorância grassava e o empirismo era a madre de todas as ciências, alguns caçadores tinham por hábito prender uma cadela com o cio a uma árvore e esperar que algum raposo a fecundasse durante a noite. Conheci alguns híbridos destes e ainda tenho entranhado na minha memória o seu stress e mau odor. No geral, nunca foram bons caçadores, porque raramente interagiam com os donos, preferindo comer a caça ou pôr-se em fuga quando soltos. Assim, a história real de Cliodhna é um relato acerca de dois seres excepcionais. Longa vida parar ambas!
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