sexta-feira, 8 de novembro de 2019

VAMOS LÁ ANDAR COM A SALSA EM LIBERDADE!

A nossa amiga Salsa, a Cão de Gado Transmontano, já aprendeu a andar ao lado da sua dona e está a começar a acompanhá-la para todo o lado. Quando os cães chegam a este nível, outro começa para os seus donos, que livres da trela, terão que aprender a comunicar com os cães de modo eficaz sem o subsídio do utensílio. Se até à condução em liberdade é o cão quem mais aprende, depois dela começa a instrução mais incisiva do dono.
Quando os nosso cães começam a dar os primeiros passos na condução em liberdade, para que os seus condutores aprendam a importância da sua postura (impacto visual) no rendimento dos cães, convidamo-los para um conjunto de exercícios em que colocam as mãos atrás das costas e na nuca, o que também serve para reforçar os comandos verbais sem a ajuda da trela. Quem tem um menino de colo pode também usá-lo para o mesmo propósito.
Sempre temos dito e não nos cansamos de repetir, que o “junto” é “ombro direito do cão, joelho esquerdo do dono” e que o binómio evoluiu alinhado quando o cão alinha a sua pata da frente pelo pé projectado do seu dono. Para que melhor entendimento do que acabámos de dizer, vale a pena observar a foto seguinte.
Quando se conduz um cão com um miúdo ao colo e não convém acordar a criança, a linguagem gestual terá que socorrer a verbal, substituindo o seu volume pela cumplicidade nas acções. Seja em que circunstância for, os cães não ouvem ou obedecem melhor se lhes berrarmos aos ouvidos (o mais comum é suceder o contrário).
Na eventualidade de transportarmos uma criança ao colo, o cão deverá evoluir com a cabeça para a frente e não virada para o seu condutor, porque doutro modo, com a visibilidade reduzida e atento à criança, o condutor pode tropeçar e estatelar-se no chão, levando consigo a sua preciosa carga.
Não é preciso ser muito perspicaz ou entender muito de cães para se perceber o método por detrás dos exercícios solicitados a um cão, isto se entendermos a linguagem mímica dos cães, visível na suas expressões faciais e na linguagem da sua cauda. Ao olharmos para a cauda da Salsa, pergunta-se: que método de ensino lhe foi aplicado? Expressará ela alegria e confiança ou insegurança e medo? Os cães sempre falam e só os cegos não conseguem ouvi-los!
A condução dos cães em liberdade é um verdadeiro “kit de mãos livres”, porque possibilita o transporte dos mais variados utensílios aos condutores. Se tivermos o cuidado de irmos repetindo o nome dos objectos que transportamos para os cães, daí a pouco tempo, eles saberão diferenciá-los e começarão a transportá-los para nós.
Por vezes um olhar vale mais do que mil palavras. Na foto abaixo é possível observar o carinho que a dona dispensa à cadela, através de uma mirada plena de ternura, como que a dizer: “Salsa, não estás sozinha, eu estarei sempre contigo!”
E quando assim se trabalha, os cães instam em ficar ao lado dos donos e não fogem para o canil, preferindo ficar às portas de casa, prontos para novas jornadas e sempre disponíveis para os desafios que terão pela frente, somente porque se sentem amados e seguros.
Para a semana voltaremos a estar com a Salsa e estamos perfeitamente convencidos que ela irá de fazer tudo para nos agradar, porque se ela é grande, o seu coração não é menor!

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