segunda-feira, 11 de novembro de 2019

AS RESPOSTAS DE JULIA BLÜMER

Hoje, em matéria de informação, quem perde o fio à meada nunca mais o apanha e eu não me quero ver nessa situação. O T-Online, o maior portal de notícias da Alemanha, publicado e propriedade da empresa de media digital multicanal Ströer, com mais de 179 milhões de visitas por mês, decidiu entrevistar a psicóloga animal JULIA BLÜHER sobre o comportamento de cães agressivos, bem como receber dicas para evitar os seus ataques.
Perante a questão “Porque os cães atacam as pessoas, nomeadamente os seus donos?”, Blüher respondeu: “Os cães são animais de caça e cada um deles deve ser avaliado individualmente. Na maioria dos casos eles querem proteger a sua matilha – a família, o proprietário ou o seu território - podendo também defender-se quando maltratados. Se você cair de costas num ataque e deixar a sua garganta desprotegida, muitos cães podem mordê-la. Em suma, os cães raramente matam pessoas e o contrário acontece com mais frequência.”
“Existem cães agressivos por natureza?” Diante da questão Blüher disse: “A agressão nem sempre é agressiva e é também necessária no reino animal, por exemplo, para resolver conflitos com mais clareza e rapidez. Existem raças cuja irritabilidade racial é racialmente mais baixa. No entanto, todo o cão pode tornar-se numa arma através de mãos humanas e também é verdade que certas raças caninas são mais perigosas que outras por causa da sua potência de mordedura.
Esta psicóloga animal adianta 3 conselhos, caso alguém seja confrontado num passeio com um cão agressivo e solto: Evitar o contacto visual, não fazer movimentos bruscos e não irritar o animal. Se o seu próprio cão evidencia um comportamento agressivo, você deverá procurar ajuda profissional: "Pare imediatamente de fazer o que provoca o cão, não gaste muito tempo a fazer experiências com ele e peça ajuda a um bom psicólogo animal", disse ainda Blüher.
Quando questionada acerca de quando usar o açaime, Blüher adiantou: “ Um açaime é sempre útil quando importa proteger terceiros (pessoas e cães). Não obstante, os proprietários caninos devem prestar muita atenção a este método, porque antes de recorrerem ao açaime, deverão adestrar primeiro os seus cães, para que os animais não o vejam como algo desagradável e um castigo.
Diga-se em abono da verdade, que Blüher não nos trouxe nada de novo, tanto do ponto vista erudito como do prático. Ao invés, parece-nos alguém com pouca experiência que adquiriu conceitos politicamente bem aceites. Os cães não são só perigosos por poderem ser armas na mão dos humanos ou pela sua potência de mordedura – há cães que nascem perigosos, usando a terminologia de Blüher, “indivíduos cuja irritabilidade racial é racialmente mais alta”. Quando Blüher diz que o dono de um cão agressivo deverá procurar a ajuda de um bom psicólogo animal (guten Tierpsychologen), está a alvitrar a hipótese de haver bons e maus. E se assim é, parece-nos que ela pertence à segunda categoria, porquanto tem pouca experiência, é tenrinha, pouco fundamentada e carece de maior cautela.
Quem já passou pela Acendura sabe que ensinamos e praticamos tudo isto, ensino que estendemos a todos, independentemente do seu sexo ou idade, porque os cães procuram primeiro as presas que lhes garantam o maior sucesso nas capturas, escolhendo preferencialmente os mais pequenos, os fracos e os indefesos.

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