terça-feira, 26 de novembro de 2019

COLEIRAS ELÉCTRICAS? VADE RETRO!

Um agricultor de Parma, Itália, de 48 anos de idade, que em 2013 causou a morte ao seu cão através de uma coleira de choques eléctricos, usada para impedir que o animal ladrasse, foi agora condenado pelo Tribunal Emiliano a pagar, para além dos custos judiciais, uma multa de 6.000 euros por maus tratos animais, num processo em que a Agência Nacional de Protecção Animal se constituiu parte. O cão, do tipo braco, foi encontrado morto pela polícia municipal na periferia de um distrito próximo ao anel rodoviário de Fontenallato, no final do Verão de 2013, com sangue saindo da sua boca e com uma coleira de choques eléctricos posta. Durante o julgamento ficou provado que o agora condenado usava constantemente a coleira de choques para impedir que o cão ladrasse.
Alguns países já proibiram a venda e o uso de coleiras eléctricas em cães, por considerá-las instrumentos de tortura, capazes molestar seriamente os animais e até de matá-los. Nada justifica o uso destes utensílios a não ser a indisponibilidade dos donos para treinar os seus cães. Estas coleiras, normalmente requisitadas para cães de comportamento excepcional, acabam por rebentar com o sistema nervoso dos cães, podem deixar-lhes cicatrizes de que não irão esquecer-se e só agravam os comportamentos dos animais mais radicais (os medrosos aumentarão os seus medos e os valentes lutarão até morrer contra os choques). Não é por ensinarmos cães que dizemos isto, dizemo-lo por amor aos cães e por apostarmos afincadamente no seu bem-estar.

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