quinta-feira, 21 de novembro de 2019

DUELO À NOITE EM NUREMBERGA

Nuremberga tem uma história muito antiga e rica, nela tiveram lugar muitos acontecimentos que influenciaram o mundo de hoje e as políticas actualmente vigentes. Contudo, não vamos falar do seu passado recente, do luteranismo que a cidade abraçou, do Partido Nazi, do Reichsparteitag ou do Reichsparteitagsgelände, de Albert Speer, dos famosos discursos de Hitler, da arianização dos bens judaicos, da deportação dos judeus e nem tampouco dos celebérrimos julgamentos de Nuremberga levados a cabo pelos aliados, somente de um episódio que ocorreu na cidade esta madrugada às 01:40 e certamente vai repetir-se pelo mundo afora.
Naquela ocasião, no Distrito de Ludwigsfeld, um homem de 56 anos que estava a passear o seu cão, um Boerboel, foi surpreendido por um Malinois que se encontrava solto, que prontamente atacou o seu cão. O dono do cão agressor chegou entretanto e envolveu-se com o outro proprietário canino. O homem de 56 anos caiu e o seu cão foi ferido no incidente, acabando o primeiro no serviço de urgências de um hospital, por prevenção e o animal foi levado para uma clínica veterinária com uma perfuração séria. O dono do Malinois pôs-se em fuga com o animal antes da chegada da polícia e dos meios de socorro, sendo descrito como um homem de 45 anos, com 175 cm de altura, de figura esbelta e que vestia na ocasião um blusão de inverno brilhante. A polícia pede agora às pessoas que testemunharam o acidente, que prestem informações sobre a identidade do dono do Malinois, indicando para o efeito o número de atendimento policial.
Nas grandes cidades é cada vez mais perigoso sair à rua com um cão, particularmente quando os donos são frágeis e os cães são mansos ou não intimidam ninguém (há-os até que fogem da sua própria sombra). Nestes casos, para que donos e cães não acabem assaltados, agredidos, mordidos ou feridos, aconselha-se que procurem nas saídas à rua espaços iluminados, razoavelmente concorridos e não muito distantes das esquadras policiais, porque este mundo não se compadece dos fracos e têm-nos até como alvos preferenciais. Não sei se o que vou dizer terá algum préstimo para alguém, mas nas minhas andanças pelo mundo, visando a minha segurança, aprendi a nunca regressar a casa pelo mesmo caminho e até à presente data tenho-me dado bem, porque me vejo livre de quem quero ver pelas costas e acabo por surpreender quem queria surpreender-me.

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