Sabia que o primeiro Akita
Inu a sair do Japão foi oferecido a Helen Keller em 1937, na
primeira visita que a escritora e activista norte-americana fez ao país do sol
nascente, onde foi condecorada com a Ordem do Tesouro Sagrado?
É verdade, mas há outra
curiosidade que muita gente ignora acerca deste excelente cão originário do
norte do Japão: durante a II Guerra Mundial, todos os canicultores nipónicos
viram-se obrigados a entregar os seus cães à indústria de vestuário militar.
Somente o Cão de Pastor Alemão foi poupado por ser considerado um cão de
guerra. E o que fizeram alguns criadores de Akita Inu para salvá-lo
da extinção? Exactamente, começaram a cruzá-lo com o Pastor Alemão, mestiçagem
que aumentou os tipos da raça, que a partir dali passou a ter três distintos.
A hibridação do Akita
com o Cão de Pastor Alemão, ao contrário do que alguns dizem sem
fundamento histórico, não aconteceu por nenhuma necessidade morfológica,
biomecânica ou operacional, mas unicamente para ocultar a raça e livrá-la da
extinção. A popularidade que o Akita Inu veio a alcançar nos
Estados Unidos ficou a dever-se ao apreço das forças de ocupação, que admiradas
com a qualidade deste cão, acabaram por levar muitos exemplares para solo
americano.
Hoje existem grandes
diferenças morfológicas e comportamentais entre o Akita Inu Japonês e o Akita
Americano, porque o primeiro regressou à variedade original pelo Matagi
Akita e o último não foi ainda objecto desse retorno, mantendo características
próprias de outros cães e alheias ao cão japonês. Como se depreende, o American
Kennel Club e o Japanese Kennel Club não podem
concordar com um pedigree comum.
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