terça-feira, 9 de janeiro de 2018

COM ESTE FRIO, QUANDO DEVO PÔR O CÃO DENTRO DE CASA?

O frio parece ter vindo para ficar e com as alterações climáticas que se vão sentido é melhor estarmos preparados para dias de maior invernia. Os portugueses quando comparados com outros europeus não se podem queixar do clima, muito embora ele já não seja o que era. Exceptuando as zonas da Serra de Estrela, das terras altas transmontanas e de outras do interior, onde os termómetros descem mais, quando aqui temos temperaturas negativas, elas oscilam entre -1 e -6 graus celsius, o que já causa justificável apreensão aos proprietários caninos que têm os seus cães hospedados em quintais, quintas e demais extensões territoriais ao ar livre.
Apostados em esclarecer, vamos considerar os riscos que estas temperaturas acarretam para os cães pequenos, médios e grandes, sabendo-se de antemão que os cães mais frágeis (toys, doentes e velhos), os braquicéfalos, os de cor branca e os carentes de sub-pêlo, com a temperatura do ar abaixo dos 7 graus celsius começam já a experimentar algumas dificuldades, pelo que deverão ser imediatamente protegidos nessas circunstâncias.
De 5 a -1 graus celsius, desde que devidamente abrigados e com alojamentos apropriados, todos os cães suportarão estas temperaturas sem maiores dificuldades. No entanto há que estar atento aos cães de raça pequena, porque se encontram na fronteira da sua tolerância. Naturalmente todos reduzirão o volume e a intensidade da sua actividade física como seria de esperar, devido a um maior desgaste de energia e à necessidade de se manterem aquecidos.
De -1 a -4 graus celsius, os cães pequenos e médios já se encontram fortemente em risco de hipotermia, mais os pequenos que os médios, devendo os primeiros ser obrigatoriamente recolhidos em casa, particularmente quando inadaptados ou desacostumados a temperaturas negativas. Aqui há que haver uma atenção redobrada em relação aos animais castrados, normalmente condenados a dietas pobres e parcos em energia, que poderão nestas circunstâncias correr maior risco.
De -4 a -6 graus celsius, o frio será fatal para os cães mais pequenos e potencialmente perigoso para os médios e grandes. Debaixo destas temperaturas, a menos que os cães já tenham sido acostumados e preparados para isso, todas as actividades prolongadas ao ar livre deverão ser-lhes vetadas. Por prevenção, os cães com menos de 25 kg deverão pernoitar em casa, mesmo quando bem acomodados no exterior.
Por prevenção, agora que nevou mais uma vez no Saara, no deserto mais quente do mundo, todos os cães sem sub-pêlo deveriam andar ataviados com uma capa térmica nas suas saídas ao exterior, porque não é só à noite que enfrentam baixas temperaturas.
Também os cães em treino, quer ele seja diurno ou nocturno, deverão ser objecto do mesmo cuidado. Também os cães que acompanharão os seus donos a estâncias de esqui deverão previamente acostumar-se ao uso de botas protectoras.
É evidente que estes cuidados tornam-se dispensáveis diante de canis aquecidos ou de cães que vivem invariavelmente dentro de casa. Todavia, importa proteger os nossos cães do frio, porque ele pode matar, como tem acontecido nos Estados Unidos, neste momento à perna com uma vaga de frio polar, onde inúmeros cães acabam por morrer congelados. Convém ainda ressaltar que é debaixo destas circunstâncias que mais se justifica a administração de comida confeccionada aos nossos fiéis amigos. Usufrua do Inverno, proteja-se e proteja o seu cão.

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