Um grupo de investigadores
da Universidade da Pensilvânia, não obtendo consenso entre os condutores de
cães de trabalho, quanto ao método mais eficaz para manter hidratados os seus
auxiliares de quatro patas, decidiu investigar os três métodos mais comuns em
uso, a saber: o acesso gratuito à água potável, a hidratação subcutânea
(injecção de água e electrólitos debaixo da pele) e as bebidas que contêm
electrólitos como sódio e potássio.
Estas bebidas têm sido
bastante válidas para os humanos, porque perdemos electrólitos quando suamos.
Já os cães suam menos que nós, pormenor que leva os seus críticos a temer por
um acúmulo insalubre de electrólitos nos animais. Apostada em resolver o
imbróglio, a citada equipa de investigadores avaliou os três métodos
(estratégias) de hidratação mais comuns num grupo de cães de rastreamento de
veículos automóveis que trabalham na fronteira do Texas durante os meses
quentes de Verão.
Segundo Cynthia M. Otto,
porta-voz da equipa de investigação, afortunadamente as três estratégias de
hidratação mostraram-se eficazes, evidenciando os cães comportamentos
semelhantes, a mesma temperatura corporal e idêntico desempenho laboral,
independentemente da forma como foram hidratados. Não obstante, os cães que
beberam uma bebida electrolítica com sabor a frango, beberam significativamente
mais líquidos e tiveram maiores níveis de hidratação.
Contrariamente ao que
alguns pensavam, estes cães não sofreram qualquer acúmulo do sódio (sal), um componente
das bebidas electrolíticas que em grande quantidade poderá ter efeitos negativos
no corpo. Os cães que beberam electrólitos excretaram o sódio pela urina,
mantendo assim normais os seus níveis sanguíneos, o que sugere ser este método
de hidratação seguro e eficaz. Estes resultados surpreenderam também os
investigadores, porque num estudo prévio, os cães que receberam uma bebida
electrolítica sem sabor beberam pouco dela.
Este estudo foi publicado
no jornal de livre acesso “Frontiers of Veterinary Science” e é importante para
quem tem cães de trabalho, de busca, salvamento e resgate, bem como para quem lidera
cães policiais e militares, sujeitos a trabalhar em pós-catástrofes, a
fiscalizar fronteiras, a patrulhas extenuantes e a buscas prolongadas debaixo
temperaturas elevadas, já que o risco de golpe de calor aumenta com a
desidratação.
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