O mais natural é que pouca
gente tenha ouvido falar deste transtorno emocional, o que não significa que a
maioria das pessoas já não o tenha visto em um ou mais indivíduos, quando
perante a aquisição de um cachorro ou de um novo cão ficam tensos, nervosos,
sobrecarregados, irritadiços e ansiosos, sentindo-se em simultâneo impotentes e
incompetentes, cansados e com a auto-estima em baixo perante a trabalheira em
que se meteram, distúrbio muito parecido à depressão pós-parto que como é
sabido não afecta só algumas senhoras. O problema tende a ser de curta duração
por força do tempo e acção das famílias, sendo por isso passageiro. Os
afectados pela “post-canine depression” a quem recorrerão mais? Apesar do
problema ser do dono e não do animal, os proprietários caninos tendem a serenar com os conselhos dos veterinários, que para além de tantas
coisas, ainda se vêem obrigados a ser psicólogos (há dias em que não lhes
invejo nem a pele nem a sorte!).
A existência deste
distúrbio emocional deverá colocar de sobreaviso os adestradores, porque também
eles terão que lidar com clientes afectados por esta depressão, devendo
atendê-los com o máximo cuidado, atenção e disponibilidade, evitando a sua
exposição ao ridículo e dando-lhes subsídios válidos para ultrapassarem os seus
problemas. Estes procedimentos, próprios de quem se propõe a ensinar, irão
garantir a confiança destes clientes e o ensino dos seus cães.
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