terça-feira, 9 de janeiro de 2018

COMO USAR UM CÃO SUBMISSO PARA GUARDA

Com as actuais induções e menores confrontações, cresce o número de cães submissos nas fileiras destinadas aos guardiões. Deverão ser objecto da mesma capacitação e obedecer ao mesmo currículo dos dominantes que os antecederam? Peremptoriamente não, porque em caso de séria confrontação, caso sobrevivam, dificilmente lá voltarão! Então, o que fazer com algum deles quando não temos um dominante à nossa disposição? É sobre isso que iremos pronunciar-nos imediatamente.
Independentemente do seu perfil psicológico, treino específico e actividade, todas as tarefas caninas devem pressupor tanto a salvaguarda como a vantagem dos cães no confronto directo com os homens, já que doutro modo estaremos a formar soldados de quatro patas, investidura que os menos fortes só aceitarão por engano e quando atraiçoados. Assim sendo, os cães submissos, quando comparados com os dominantes, obrigam a cuidados especiais considerando a sua salvaguarda e mais-valias.
Cuidados ou alterações que abrangem o seu local de acção, acção primordial, modelo dissuasor, modo de actuação e tipo de captura. Os cães submissos deverão permanecer dentro de casa e junto dos seus donos (os dominantes permanecerão no jardim); a sua acção primordial é ladrar (alertar os donos); a sua forma dissuasora deverá preterir a confrontação e dar lugar sempre que possível à perseguição; a sua acção deverá resultar da ocultação e não da exposição (para que a surpresa lhes dê vantagem) e, devido à menor valentia, os seus ataques deverão ser de surtida e não de bloqueio, porque doutro modo sofrerão horrores no contra-ataque.
Depois do que dissemos facilmente se antevê que estamos a usar um típico cão de defesa pessoal para guarda, tirando partido das suas mais-valias sem o expor gratuita e fatalmente, descalabro que aconteceria se o deixássemos sozinho no quintal, se procurássemos a potência de mordedura, se o obrigássemos à confrontação directa; se optássemos pela sua exposição e se persistíssemos nos ataques de bloqueio.
Homens e cães sempre se completarão no trabalho comum e como os cães sozinhos são de pouco préstimo, cabe aos homens descortinar o melhor uso a dar-lhes debaixo da maior segurança.

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