Entre gente simples e
pouco instruída sempre ouvi dizer que a língua dos cães é “santa”, que tem
poderes curativos excepcionais e que pode ajudar na desinfecção e cicatrização
das feridas humanas, parecer que nunca segui por achá-lo carecente de
explicação e comprovação científicas. É verdade que a convivência dos cães com
as crianças aumenta substancialmente nelas o seu quadro imunológico, criando-lhes
assim defesas efectivas contra um sem número de alergias e contra algumas doenças
do fórum respiratório, graças às boas bactérias que os cães transportam da rua
para dentro de casa.
Porém, e isto segundo o
parecer de alguns reputados virologistas e bacteriólogos em declarações ao
“Mirror” (jornal inglês), nem tudo são rosas e as lambidelas dos cães podem
eventualmente matar, uma vez que eles comem, cheiram e lambem toda a sorte de
porcarias, carregando bactérias, vírus e germes de todos os tipos no seu nariz,
boca e saliva. A lista de doenças potenciais é preocupante, destacando-se entre
elas o Capnocytophaga Canimorsus (um organismo carregado pela boca dos cães que
causa uma infecção muito grave por septicemia), certas micoses e a bactéria Staphylococcus
aureus que é resistente ao tratamento. Convém alertar os pais que há um risco
maior para os bebés que são lambidos pelos cães.
Obviamente que deveremos
continuar a dar e receber carinho dos cães, não é isso que está causa, mas simultaneamente
deveremos ser cautelosos e afastarmo-nos estrategicamente da sua boca,
salvaguardando assim a nossa saúde e a dos nossos.
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