quarta-feira, 16 de agosto de 2017

NÓS POR CÁ: OS SUBSTITUTOS DE HINTZE RIBEIRO

Sempre ouvi dizer que ninguém é insubstituível, o que me parece incontestável, porque mais cedo ou mais tarde todos acabaremos substituídos por conta da finidade que a ninguém poupa. Agora, bem substituídos nem todos seremos e os políticos que temos hoje disso têm dado sucessivas mostras, porque ao invés de lutarem pelos superiores interesses nacionais, antes combatem pela preservação dos seus privilégios e conservação do seu lugar governativo ou parlamentar, sendo todos sem excepção uns verdadeiros “geringonços”. Os fogos continuam e a lei da reforma das florestas é um fiasco, pelo que urge dar continuidade ao lavrado, assinado e posto em prática por Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro, na qualidade de Presidente do Conselho de Ministros do Reino, na sua segunda nomeação, ao estabelecer a “Lei do Regime Florestal”, ainda hoje em vigor e que data da véspera de Natal de 1901 (uma boa prenda para o País!).
Como ainda não encontrámos sucessores de Hintze Ribeiro à altura, quiçá, teremos que fabricá-los e incentivar o casamento de jovens lusos com algumas das “frauleins” que assiduamente nos visitam, já que de igual casamento misto nasceu em Ponta Delgada, a 7 de Novembro de 1849, o valoroso homem de leis e político que hoje aqui relembramos. A solução que adiantamos parece paradoxal, mas Portugal sempre viveu e prosperou com a infusão de sangue novo. E como uma coisa leva à outra e o nosso ofício respeita a cães, importa esclarecer que há por aí muita raça a necessitar também de sangue idêntico. 

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