Os estragos que a
tempestade tropical Harvey está a causar no Estado norte-americano do Texas
levarão anos a ser reparados e haverá gente que jamais recuperará o que perdeu:
familiares, amigos, animais, casas, carros e outros bens. Dir-se-á que
lamentavelmente os texanos já estão acostumados a tempestades assim e que mais
cedo do que se pensa se levantarão, o que de todo não é verdade porque os
ventos e águas estão a levar pecúlios que jamais devolverão, particularmente
aos mais idosos e aos desfavorecidos, porque recomeçar e refazer vidas torna-se
mais fácil para gente moça, em idade de trabalhar e com emprego garantido.
No meio da tempestade,
enquanto uns salvam o que podem, outros são salvos, nomeadamente os
encarcerados, os idosos, os deficientes, os incapacitados, as crianças e os
bebés, os que por si mesmo jamais conseguiram salvar-se. Igual drama sofre o
gado e os animais domésticos que levados pelas torrentes, encarcerados ou
isolados por elas, se não forem objecto de socorro, têm a morte como certa.
Felizmente há por ali
gente que não se esqueceu dos animais, que se mobilizou e que opera o seu
socorro, tanto local como vinda doutros Estados e lugares, cujo esforço tem
resultado no resgate de um sem número de animais domésticos, maioritariamente cães
e gatos.
Ante tamanha tragédia, a
política a seguir só pode ser uma: salvar-se e salvar o que for possível! Uma das
imagens mais marcantes da passagem do furacão Harvey pelo Texas já
publicadas na Internet e que em pouco tempo se tornou viral foi a de um cão que
ao pôr-se a salvo carregou na boca o seu saco de ração (foto abaixo).
Aqueles que se dedicam ao
resgate dos animais não estão só a salvá-los mas a preservá-los para os seus
proprietários e a labutar para o seu bem-estar, porque se à privação dos seus
bens se somasse a perca dos seus animais de companhia, maior seria a sua
tristeza e desalento.
Meanwhile, o Sr. Donald
Trump continua a portar-se como um asno, encantado que anda com a sua potranca
Ivanka, ao não atentar para o agravamento das condições climáticas na Terra e
ter isentado os Estados Unidos do “Acordo de Paris” de 2015, que pretende
implementar medidas de redução na emissão de dióxido de carbono a partir de
2020. Atentando para o que está a suceder no Texas, cujo maior preço será pago
pelos texanos, que eventualmente serão os menos culpados, pode dizer-se que o
tiro saiu pela culatra ao até agora Presidente dos Estados Unidos da América.
Queira Deus que o número de vítimas causado pelo Furação Harvey não aumente,
que a tempestade passe depressa, que a bonança não demore e torne possível a
reconstrução.
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