terça-feira, 29 de agosto de 2017

UM CASO PATOLÓGICO

Se há gente que nasce sem sorte, o que dizer de certos cães? Vamos à história da “Florence”, uma Cocker Spaniel Parti-color com 2 anos de idade, que não teve sorte nenhuma com a dona que lhe coube, uma enfermeira veterinária de 28 anos chamada Georgina Bretman (na foto acima), moradora e a trabalhar ao tempo em Glasgow/Escócia, carente de atenção e ainda mais de tratamento.
Entre 2011 e Junho de 2013, Bretman trabalhou como enfermeira numa clínica veterinária privada, que aberta fora de horas cobrava preços mais altos. Descontente com as noites de folga que lhe eram atribuídas e querendo chamar à atenção, esta “enfermeira” injectou por várias vezes insulina na sua Cocker, para que o animal desse entrada na referida clínica. Como resultado da sua nefasta acção, o animal esteve nessas ocasiões entre a vida e a morte, quase a colapsar, entregue a convulsões, a contorcer-se com dores e a vomitar. Os resultados dos testes feitos na Cocker indicavam um baixo nível de glicose.
Como o animal se apresentava saudável entre episódios, a desconfiança sobre a responsabilidade da sua dona aumentou, ainda mais porque coincidiam com as suas folgas. A Sr.ª Herd, que havia contratado Georgina Bretman, decidiu enviar as amostras de sangue da Cocker para a Escola de Veterinária da Universidade de Glasgow, entrega que a enfermeira de imediato se prontificou a fazer, nunca chegando as análises aquele estabelecimento superior de ensino. 
Descobertos os seus actos criminosos e ao abrigo da lei local, para além de despedida, Bretman foi acusada segundo a “Lei de Saúde Animal e Bem-estar da Escócia” e julgada no Glasgow Sheriff Court, incorrendo agora numa pena de multa de 20.000 libras ou até um ano de prisão efectiva (está a aguardar sentença).
Apesar de não ser impossível, dificilmente encontraremos enfermeiras veterinárias tão afectadas com Georgina Bretman, cuja doença e gravidade de actos exigem sério tratamento. Felizmente não há notícia em Portugal duma enfermeira assim, talvez porque não soframos aqui da depressão de inverno que tanto fustiga os cidadãos britânicos, ali entendida como “seasonal affective Disorder”.

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