Se há gente que nasce sem
sorte, o que dizer de certos cães? Vamos à história da “Florence”, uma Cocker
Spaniel Parti-color com 2 anos de idade, que não teve sorte nenhuma com a dona
que lhe coube, uma enfermeira veterinária de 28 anos chamada Georgina Bretman
(na foto acima), moradora e a trabalhar ao tempo em Glasgow/Escócia, carente de
atenção e ainda mais de tratamento.
Entre 2011 e Junho de
2013, Bretman trabalhou como enfermeira numa clínica veterinária privada, que aberta
fora de horas cobrava preços mais altos. Descontente com as noites de folga que
lhe eram atribuídas e querendo chamar à atenção, esta “enfermeira” injectou por
várias vezes insulina na sua Cocker, para que o animal desse entrada na referida
clínica. Como resultado da sua nefasta acção, o animal esteve nessas ocasiões
entre a vida e a morte, quase a colapsar, entregue a convulsões, a contorcer-se
com dores e a vomitar. Os resultados dos testes feitos na Cocker indicavam um
baixo nível de glicose.
Como o animal se apresentava
saudável entre episódios, a desconfiança sobre a responsabilidade da sua dona
aumentou, ainda mais porque coincidiam com as suas folgas. A Sr.ª Herd, que
havia contratado Georgina Bretman, decidiu enviar as amostras de sangue da
Cocker para a Escola de Veterinária da Universidade de Glasgow, entrega que a
enfermeira de imediato se prontificou a fazer, nunca chegando as análises
aquele estabelecimento superior de ensino.
Descobertos os seus actos criminosos
e ao abrigo da lei local, para além de despedida, Bretman foi acusada segundo a
“Lei de Saúde Animal e Bem-estar da Escócia” e julgada no Glasgow Sheriff Court,
incorrendo agora numa pena de multa de 20.000 libras ou até um ano de prisão
efectiva (está a aguardar sentença).
Apesar
de não ser impossível, dificilmente encontraremos enfermeiras veterinárias tão
afectadas com Georgina Bretman, cuja doença e gravidade de actos exigem sério
tratamento. Felizmente não há notícia em Portugal duma enfermeira assim, talvez
porque não soframos aqui da depressão de inverno que tanto fustiga os cidadãos
britânicos, ali entendida como “seasonal affective Disorder”.
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