sábado, 5 de agosto de 2017

ELES MORREM, A MODA PASSA E A VERDADE VIRÁ AO DE CIMA

Sem grande disponibilidade para responder aos muitos emails que recebemos, acabámos por encontrar um que pela sua leitura transversal e brevidade mereceu o nosso interesse. Dizia ele “Boa noite, moro no Porto e o meu marido encontrou um cão e apaixonou-se por ele. Gostaria de saber a sua opinião quanto à raça. Envio fotos em anexo e pensamos que talvez poderá ser podengo. Parabéns pelo artigo sobre o podengo Preto, é repugnante ver que não aceitam essa cor e ainda a rotular de não preferencial...Continuação (…)”.
Cara Leitora, por toda a parte as pessoas morrem e passam à história e algumas delas nem lá dão entrada, em particular os energúmenos e os plagiadores junto com os seus sequazes, pelo que mais cedo ou mais tarde será feita justiça ao podendo preto português e a outros tantos cães. Como estamos a tratar de uma raça nacional, caberá aos criadores e proprietários do Podengo Negro evidenciar as suas qualidades e fazê-lo proliferar, acções decisivas para rasurar a expressão “cor não preferencial” que inexplicável e indevidamente o acompanha.
Quanto ao cão encontrado por vós ser ou não um podengo preto, à partida e pelo que nos foi dado a observar, parece-nos sê-lo ou andar lá muito perto, considerando a sua morfologia, proporções e alguns detalhes. Afirmá-lo-íamos cabalmente caso nos fosse adiantada uma escala ou medida de comparação, conferíssemos os seus dentes, avaliássemos os seus andamentos, tivéssemos a noção exacta da sua envergadura e pudéssemos aquilatar doutros pormenores morfológicos que as fotos não adiantam ou ocultam. Não obstante, porque é o vosso cão, ele será para vós o melhor cão do mundo enquanto viver! Parabéns!

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