Quem conhecer bem a zona
oeste da Estremadura e for atento às diferenças, depressa concluirá que Torres
Vedras marca a fronteira norte com o mundo saloio, também a transição da
agricultura para a indústria, que a Cidade fervilha de vida, tem um modo de
vida próprio e uma forma de estar única. Mas deixemos Torres Vedras e vamos ao
que interessa, à iniciativa de dois jovens, Rodrigo Pardal e Inês Policarpo,
que tiveram a feliz ideia de abrir ali uma gelataria sui generis e por isso
mesmo revolucionária, revolucionária na confecção, nos sabores e também nos
destinatários dos seus gelados, já que os produzem tanto para pessoas como para
cães, apesar dos últimos só os poderem comer na rua.
Pioneiros em Portugal nos
gelados para cães, estes dois jovens apostaram também na qualidade e novidade
dos gelados para os donos, alcançando alguns sabores típicos da região que
muito agradam aos torrienses e que os têm levado ao seu consumo o ano inteiro.
Gelados de “pastel de feijão” e de “pera rocha” disso são mostra. Quanto ao
destinado aos cães, que não tem feito menos sucesso, ele é feito de iogurte
natural, banana e manteiga de amendoim artesanal. Ao que tudo indica, desde que
sejam consumidos com moderação, estes gelados não constituem qualquer risco
para os cães saudáveis, muito embora sejam desaconselhados para os obesos.
O Oeste está a despertar
para as excelentes oportunidades de negócio que os cães oferecem: primeiro foi
a praia para cães em Peniche e agora foi a vez da gelataria em Torres Vedras,
aberta há pouco mais de um ano. Saúda-se a iniciativa destes dois jovens, oxalá
ousem ir mais adiante e que a criatividade nunca lhes falte, pois destes
estamos nós carentes – que venham mais!
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