domingo, 20 de agosto de 2017

CONHEÇO UM MAS NÃO HAVERÁ MUITOS!

Um respeitável casal texano e cinófilo de nomeada, ela Lou Robinson e ele Mark Bowlin, moradores nos arredores de Houston e directores do grupo de resgate canino “Warriors Educate About Rescue”, decidiram adoptar em Fevereiro deste ano um cachorrinho Boxer branco que havia nascido sem as patas dianteiras, contra o parecer de um veterinário que aconselhou o seu abate logo após o nascimento. O cachorrinho veio a chamar-se “Nubby” e ainda teve que vencer um grave problema esofágico. Incapacitado para lutar pelo alimento na ninhada, acabou por ser criado a biberão, encontrando-se hoje feliz na companhia de 4 irmãos e outro cão.
O feito do Sr. Bowlin é de louvar, porque não é todos os dias que se encontra alguém disposto a adoptar um cachorro deficiente, muito embora seja mais fácil adoptar um cachorrinho assim que uma criança com um problema idêntico, o que não deixa de me causar alguma estranheza, apesar deste mundo dificilmente me apanhar desprevenido. A dedicação do Sr. Bowlin e a história do “Nubby” lembraram-me automaticamente de um homem bom, que depois de haver criado os seus dois filhos biológicos, decidiu adoptar outros dois, bebés que dificilmente seriam do agrado doutros casais brancos por serem de etnia africana e um deles ter um grau de deficiência física bastante elevado. Eu conheço o homem e sinto-me honrado em ser seu amigo, treino-lhe o cão e recebo dele lições de solidariedade.
O que levará os homens a serem mais solidários com os animais do que com os seus iguais? Será porque não falam, tudo ouvem e não se queixam? Ou resultará a disparidade de alguma incapacidade presente na natureza humana? Há quem tenha respostas para tudo e há quem continue a morrer carregado de dúvidas, lamentavelmente nós pertencemos a este grupo, apesar de nos inclinarmos mais para o segundo caso.

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