Certa vez assisti na
televisão ao abate de um Husky que andava a monte por um polícia britânico que
o entendeu perigoso, excesso de zelo que não compreendi e que ainda não
compreendo. Mas como dizem não haver duas sem três, desta vez em Kingston, no
sudoeste londrino, uma septuagenária viu inesperadamente a sua casa invadida
por sete polícias enviados para deterem o seu pequeno Yorkshire com 10 anos de
idade, de acordo com a Secção 5 do “Dangerous Dogs Act” (lei sobre os cães
perigosos).
E todo este aparato porquê?
Porque a Sr.ª Claudia Settimo, dona do Alfie (assim se chama o Yorkshire)
recebeu uma encomenda de um pedido on-line no passado mês de Junho e como se
encontrava no piso superior da sua habitação, pediu ao homem das entregas que
deixasse o embrulho à sua porta. Dez minutos depois abriu a porta e foi buscar
a encomenda. Para espanto seu o homem ainda ali se encontrava e o Alfie correu atrás
dele. Tomado de pânico o acossado começou a gritar que o cão estava a matá-lo,
vindo a cair no chão e a sofrer um pequeno arranhão acima da cintura em virtude
da queda, acabando por solicitar veementemente a um vizinho que o levasse ao
hospital, desejo que viu cumprido.
A pobre da Sr.ª Settimo
não entende porque foi tratada como uma criminosa, porque razão a polícia não a
notificou previamente e muito menos a causa da detenção do seu pequeno
companheiro de quatro patas, que deve estar muito assustado no canil para onde
foi levado, já que nunca se viu nesses assados. Na defesa do seu cãozinho a
dona disse para os jornalistas que se deslocaram ao local: “o meu cão não é
perigoso. Ele não é um Rottweiler - ele é um pequeno Yorkshire Terrier. Eu vivo
sozinha e ele protege-me muito” e “ele simplesmente gosta de perseguir. Mostrem-me
um cão que não goste de o fazer”. Compreendemos e aceitamos os argumentos da
septuagenária por serem válidos e verdadeiros, não compreendemos o aparato e o
pânico policial. Oxalá o Alfie não venha a ser abatido!
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