Gostaríamos de estar
enganados mas o fenómeno tende a repetir-se: o auxílio não chegará à maioria
das vítimas dos últimos grandes incêndios em Portugal, será canalizado para
várias instituições que dificilmente largarão mão dele, fartas em directores
zelosos e funcionários pouco escrupulosos. Apenas os mais esclarecidos e
persistentes conseguirão abraçar algumas das migalhas do muito que a
solidariedade geral ofereceu.
A maior parte das pessoas
que ficou sem casa e sem os seus haveres acabará como sempre: enleada,
asfixiada e exausta pela burocracia, pelos requerimentos, pelas certidões e
demais papelada e dificilmente verá um tusto! Não seria melhor entregar
directamente os donativos às vítimas? Será isso impossível? Se o é, e tudo leva
a crer que sim, então esta gente malfadada será mais uma vez surripiada, por haver
nascido sem sorte nenhuma num País onde a corrupção há muito governa.
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