“ O meu cão se pudesse, comia os portageiros, pois tem-lhes um ódio de morte!” Esta é uma situação que se repete ao longo dos anos e que necessita de ser eliminada, porque é potencialmente perigosa para os automobilistas, já que para os portageiros não o é, porque os cães não os alcançam. Já ouvimos a frase como expressão de dois sentimentos distintos: um de descontentamento e outro de alegria, consoante o desaprovo ou aprovação dos proprietários caninos. A acção é automática e não carece de treino, porque os cães são territoriais e não vêem com bons olhos a intrusão. O excessivo confinamento providenciado pelos automóveis reforça os vínculos binomiais e induz ao despoletar das acções. Por causa disto se torna tão fácil a “guarda do automóvel”, que pode começar com o alerta do dono dentro da viatura. Os condutores menos esclarecidos agradam-se do facto e ainda instigam os animais a fazê-lo nos momentos que antecedem a abordagem, porque entendem que estão a trabalhar a seu favor e para a capacitação dos seus guardiães. Contudo, esse procedimento está errado, porque os cães actuam de modo próprio e para além da ordem expressa, o que não é conveniente e muito menos aceitável. Mais tarde, o descontrole da situação levará o cão a ladrar aos automobilistas parados ao nosso lado ou àqueles que imediatamente nos seguem, produzindo a algazarra que obsta a uma condução segura. Como o condutor circula a olhar para a estrada e não para o cão, pode ser surpreendido pelas acções do animal e incorrer no risco de acidente, o que não é bom para ele e pode ser fatal para aqueles que com ele se cruzam. A inibição deve aqui mostrar os seus bons ofícios, porque a salvaguarda de todos é obrigação de cada um.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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