Os cães são muito sensíveis aos golpes de calor, particularmente os cachorros, os de tonalidade escura, os de pelo duplo, os de focinho curto, os idosos e os obesos, podendo perecer diante de esforço e quando sujeitos ao aumento instantâneo da temperatura, porque não transpirando pela pele, vêem-se obrigados ao arrefecimento pela boca (língua), o que obriga ao aumento inusitado da frequência dos seus ritmos vitais, que os pode levar ao colapso. Agora que somos fustigados com temperaturas superiores aos 35 graus centígrados, convém respeitar alguns cuidados e agir em conformidade com a época que atravessamos. É errado conservar o cão dentro de casa a usufruir dos benefícios do ar condicionado e depois sair com ele à rua, quando a diferença entre a temperatura ambiente e a local excede os 10º centígrados. Nestas circunstâncias e após a excursão diária, qualquer cão ficará de rastos ao chegar a casa. Os cães necessitam de se ambientar gradualmente às diferentes temperaturas anuais, regulando o seu manto de acordo com a estação do ano que atravessam. A muda constante ou tardia do pêlo sempre reflecte a influência de um ecossistema por demais artificial. Durante a época estival, a melhor altura para sair com o cão é pela manhã, entre as 7 e às 10 horas, porque o aumento gradual da temperatura facilita a sua adaptação. Sair à noite torna-se perigoso, porque os mosquitos abundam e a leishmaniose espreita ocasião. A resistência física que possibilita o suporte do Verão, deve ser encontrada nas estações que o precedem ou antecedem, exactamente aquelas menos convidativas ao passeio e nas quais o cão se mostra mais activo. Sacar o cão do ar condicionado e levá-lo para a torreira do sol, é transportá-lo do paraíso para as fornalhas do inferno (metaforicamente falando).
sábado, 10 de julho de 2010
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