Sair com a escola para o exterior é uma tarefa que não pode ser encarada de ânimo leve, tendo em conta as disposições legais em vigor, a segurança dos binómios, a salvaguarda das populações e o propósito da excursão. Cabe ao adestrador fazer o reconhecimento prévio do ecossistema escolhido, aquilatar das dificuldades e perigos que ele pode oferecer e maximizá-los de acordo com a novidade. É de todo desejável que esse reconhecimento seja feito com alguns binómios, escolhidos segundo as características da classe a transportar e convidados para o trabalho a realizar. Esse ensaio indicar-nos-á o teor e natureza das dificuldades, adiantar-nos-á soluções, diminuirá os riscos e libertar-nos-á do improviso. O clima, a fauna e a flora não devem ser desconsiderados, atendendo às diferentes sensibilidades dos indivíduos e às distintas agressões ambientais. A logística da excursão deverá garantir a autonomia do grupo e dos trabalhos, o contacto com o mundo exterior e o auxílio pronto aos possíveis sinistrados (em 200 excursões só tivemos 1, vítima de uma escorregadela). A procura da inexistência de riscos deverá ser prioritária, para que a permanência no paraíso não implique em cair no mais profundo dos abismos. Excluindo os aspectos relativos à viagem de ida e volta, ao contacto com os pais dos menores e à evacuação de enfermos, que devem ser sempre observados, cativamos as nossas excursões à sigla RELAT (Reconhecimento, Ensaio, Logística, Autonomia e Trabalho). Procedemos assim para não sermos apanhados desprevenidos e temos tido sucesso, incentivando em simultâneo cada binómio a fazê-lo.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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