O “corta” é outro automatismo próprio das Manobras de Evasão, de importância igual ao “escavar” mas de obtenção mais difícil, apesar de resultar de um estímulo natural, considerando os diferentes perfis psicológicos caninos, porque quem mal usa a boca para comer, dificilmente usará os dentes para outra coisa qualquer. Os cães que costumeiramente cortam e retraçam os brinquedos perspectivam uma propensão inata para a aprovação neste automatismo. O “corta” consiste no cortar de uma corda, que vai aumentando de volume de acordo com a satisfação do exercício, de modo gradual e respeitando-se o intervalo entre a pausa e o trabalho, porque a saturação do cão não serve os nossos interesses e leva-o a desistir da acção. Começamos por um pedaço de corda esticada, rígida e com 2 mm de espessura, que colocamos sobre os dentes molares do cão, incentivando-o de imediato ao seu corte. O trabalho é espaçado e demora alguns dias por causa da adaptação a que obriga. Mais tarde o cão cortará cordas com um diâmetro de 3 cm, aprenderá a soltar-se e a soltar o dono. O teste final para a aprovação no comando incidirá sobre a libertação do dono, que atado de pés e mãos numa cadeira, ordenará ao cão que o liberte, cortando as cordas que o mantêm cativo. O “corta” contribui para o aumento da força de mordedura, possibilitando dessa forma o reboque e o resgate de utensílios mais pesados. É obrigatório contrariar a tendência canina e usá-la só para fim útil, porque sem condicionamento o cão poderá vir a morrer electrocutado. Quando o “corta” não resolver e importar eliminar um obstáculo à frente, usaremos o comando de “retraça”, automatismo de que falaremos na próxima edição.
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