Há
para tudo uma primeira vez e o seu início tende ao esquecimento pela evolução
que tudo vai tendo. Apostados em recordar para a posteridade o primeiro dia do
ataque à manga da CPA Nala, aqui postamos duas fotos deste momento iniciático
para os cães de guarda. A Nala é uma cachorra pela qual nutrimos um carinho
muito especial, porque chegou-nos magra, pernalta, com diarreia, medrosa, com
jarrete de vaca, os metacarpos abatidos e com as “mãos às dez para as duas”
(divergentes). Após quase dois meses de trabalho puramente oficinal,
conseguimos ultrapassar a totalidade das suas menos valias, porque entrou nas
nossas fileiras na “idade da cópia”, quando a sua plasticidade anatómica ainda
pôde ser melhorada. Na foto anterior é possível vê-la a arrancar decidida para
cima do Afonso e constatar o atraso do seu condutor. Na seguinte vemo-la a
encher a boca e em porte majestoso, o que desnuda decisão e confiança.
A
Nala virá a ser tudo o que o Pedro quiser, porque tem condições excelentes para
ser aprovada nas diferentes disciplinas cinotécnicas, ressuscitando de alguma
forma as performances dos antigos cães de trabalho, antiguidade e qualidade que
traz nos gentes, não só por ter remoinhos no pêlo, o que a aproxima dos cães
originais, mas porque é portadora de uma excelente máquina sensorial, é atleticamente
capaz, versátil, extraordinariamente apegada ao dono, curiosa e apta para
defender o grupo humano que a adoptou. A transformação da Nala não seria
possível sem o empenho do Pedro, que tem cumprido à risca todas as indicações
que o Adestrador lhe tem dado. Parabéns Pedro – em frente Nala!
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