segunda-feira, 22 de junho de 2020

A LOUCA DE GELSENKIRCHEN

Descansem os saudosistas portistas que não vamos falar sobre a Liga dos Campeões de 2003/2004, quando o Porto venceu o AS Monaco e conquistou o troféu em Gelsenkirchen, tampouco do Schalke 04 e do seu extraordinário estádio, mas de uma rapariga de 27 anos que no passado Sábado (anteontem) obrigou a polícia a parar o movimento dos comboios na Estação Central de Gelsenkirchen (Gelsenkirchener Hautbahnhof). Tudo porque o seu cão saltou para a linha do comboio e ela seguiu-lhe o exemplo, colocando em risco a vida de ambos perante os comboios que se aproximavam. A decisão policial evitou que fossem atropelados e foram resgatados em segurança. A acção policial durou 25 minutos, as imagens de vídeo gravadas provaram o comportamento negligente da jovem, sendo-lhe instaurados vários processos por interferência perigosa no tráfego ferroviário (o incidente causou um atraso de 45 minutos no RE 42).
Ao contrário desta louca, nunca aconselhámos ninguém a ir para uma estação de comboios, para um centro rodoviário ou para os arredores de um aeroporto com um cão solto, por sabermos do excesso de ruído à sua volta, capaz inclusive de aterrorizar um cão já amplamente experimentado. Por esta razão, para além de aconselharmos a condução à trela nestes locais, enquanto aguardamos a nossa vez para entrar, achamos por bem deitá-los, o que facilitará o seu controlo perante algum imprevisto. É obrigação dos centros caninos levar os seus alunos para todo e qualquer local de embarque, seja ele aéreo, ferroviário, fluvial ou rodoviário, para que os animais não estranhem esses locais e possam acompanhar os seus donos por toda a parte.
Quando à jovem de Gelsenkirchen, depois de provada a sua negligência, para além das eventuais multas, indemnizações e custos judiciais, deveria ficar proibida temporária ou definitivamente de ter cães, para que pudesse reflectir maduramente sobre os seus actos e ganhasse senso de responsabilidade, porque leviandades como a que cometeu, para além de arriscar a sua vida e a do seu cão, podem ser letais para mais gente.

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