Durante
anos pensei nesta possibilidade e no modo de impedi-la, a de aceitar
involuntariamente nas minhas aulas alguém apostado em usar um cão para fins
criminosos, já que um cão ao ser uma arma, tanto pode ser usado para o bem como
para o mal, impedir a violência doméstica ou agravá-la, pertencer às forças da
ordem ou reforçar acções criminosas. Qualquer “amigo do alheio”, atendendo aos
baixos preços do adestramento canino, pode ensinar ao seu cão a defender e a
atacar, vindo depois a usá-lo como parceiro em vários tipos de assalto,
nomeadamente contra pessoas isoladas, como aconteceu esta semana em Estarreja, onde
um indivíduo de 32 anos utilizou um cão de raça potencialmente perigosa como
ameaça para efectuar um roubo.
Não
consta que o cão tenha sido treinado para o efeito, mas o simples facto de ser
de raça potencialmente perigosa é suficiente para amedrontar qualquer pessoa.
Felizmente foi detido pela GNR, pela Secção de Informações e Investigação
Criminal (SIIC), do Comando Territorial de Aveiro, que informou ser este
indivíduo suspeito de cinco crimes de roubo e um de tráfico de droga. Segundo o
Diário de Coimbra, a GNR comunicou: “No âmbito de uma investigação que teve
início em Maio, por roubo e ameaça utilizando um cão de raça potencialmente
perigosa, os militares da Guarda apuraram que o suspeito atraiu a vítima à sua
residência através de uma plataforma de vendas ‘on-line’, sob pretexto de
realizar uma venda.”
Como
os criminosos não trazem nenhum letreiro na testa que os identifique
imediatamente e não queremos fomentar ou contribuir para o aumento de crimes, o
melhor que há a fazer é restringir drasticamente o ensino de cães para defesa e
guarda, que só deverá acontecer depois de certificadas certas garantias
relativas aos donos.
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