domingo, 7 de junho de 2020

ERA UMA QUESTÃO DE TEMPO!

Durante anos pensei nesta possibilidade e no modo de impedi-la, a de aceitar involuntariamente nas minhas aulas alguém apostado em usar um cão para fins criminosos, já que um cão ao ser uma arma, tanto pode ser usado para o bem como para o mal, impedir a violência doméstica ou agravá-la, pertencer às forças da ordem ou reforçar acções criminosas. Qualquer “amigo do alheio”, atendendo aos baixos preços do adestramento canino, pode ensinar ao seu cão a defender e a atacar, vindo depois a usá-lo como parceiro em vários tipos de assalto, nomeadamente contra pessoas isoladas, como aconteceu esta semana em Estarreja, onde um indivíduo de 32 anos utilizou um cão de raça potencialmente perigosa como ameaça para efectuar um roubo.
Não consta que o cão tenha sido treinado para o efeito, mas o simples facto de ser de raça potencialmente perigosa é suficiente para amedrontar qualquer pessoa. Felizmente foi detido pela GNR, pela Secção de Informações e Investigação Criminal (SIIC), do Comando Territorial de Aveiro, que informou ser este indivíduo suspeito de cinco crimes de roubo e um de tráfico de droga. Segundo o Diário de Coimbra, a GNR comunicou: “No âmbito de uma investigação que teve início em Maio, por roubo e ameaça utilizando um cão de raça potencialmente perigosa, os militares da Guarda apuraram que o suspeito atraiu a vítima à sua residência através de uma plataforma de vendas ‘on-line’, sob pretexto de realizar uma venda.”
Como os criminosos não trazem nenhum letreiro na testa que os identifique imediatamente e não queremos fomentar ou contribuir para o aumento de crimes, o melhor que há a fazer é restringir drasticamente o ensino de cães para defesa e guarda, que só deverá acontecer depois de certificadas certas garantias relativas aos donos.

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