Segundo
a parecer e alerta de alguns especialistas, cães e gatos poderão desencadear
uma segunda vaga do coronavírus, pelo que aconselham os sues donos a mantê-los
fechados ou sob controlo, enquanto os pesquisadores pedem que os animais sejam
testados. Os cientistas temem que os animais de estimação possam transmitir o
vírus aos seres humanos, causando outra onda mortal de Covid-19. Houve relatos
conflituantes desde o início da pandemia acerca dos animais de estimação representarem
ou não algum risco, segundo informa o The Mirror . Agora, os pesquisadores da
University College London querem um programa de vigilância em massa de todos os
animais que vivem perto dos seres humanos. Isto ocorre depois que Nadia, um
tigre da Malásia de quatro anos de idade, contraiu coronavírus no Jardim Zoológico
do Bronx.
A
professora Joanne Santini (na foto seguinte) quer mais pesquisas e testes para
saber que animais são susceptíveis ao Covid-19. Estudos anteriores sugeriram que
o Covid-19 poderia ser transmitido aos animais porque a proteína de que depende
é encontrada em muitas espécies. Até agora, gatos domésticos e selvagens, cães,
hamsters, macacos e furões foram infectados pelo vírus. Alguns pesquisadores
afirmam que os animais silvestres de criação, como porcos, visons, morcegos e
roedores, poderiam actuar como "espécies reservatório" do vírus. Pode
ser difícil identificar se alguns animais estão infectados com o vírus, porque
enquanto uns apresentam sintomas, outros mostram-se assintomáticos. Se um
animal apresentar um resultado positivo para coronavírus, ele precisará ser
colocado em quarentena ou abatido. Na Holanda, 10.000 visons criados foram
mortos após serem infectados com o vírus e tê-lo transmitido a duas pessoas.
Os
Centros dos Estados Unidos para o Controlo e Prevenção de Doenças reconhecem
que gatos, cães e outros animais podem ser infectados. A organização actualizou
os seus conselhos alertando as pessoas para não deixarem os seus animais de
estimação interagirem com outros animais ou pessoas fora de casa. A professora
Santini escreveu na revista médica The
Lancet Microbe : "Há evidências crescentes de que alguns animais podem ser
infectados por pessoas com o SARS-CoV-2 e, posteriormente, transmiti-lo a
outras pessoas - mas não sabemos exactamente qual o nível de risco que
representa, pois é uma área de estudo a quem não foi dada ainda prioridade.
"Precisamos de desenvolver estratégias de vigilância para garantir que não
seremos apanhados de surpresa por um grande surto animal, o que poderá
representar uma ameaça não só para à saúde animal, mas também para a saúde
humana.”
"A
transmissão de vírus em populações animais pode tornar-se irreversível se
deixada sem controlo e pode ameaçar o sucesso das medidas de saúde pública
existentes se as pessoas continuarem a apanhar o vírus numa população infectada
de animais". A professora Sarah Edwards acrescentou: "Há uma
necessidade urgente de vigilância generalizada, de testar amostras,
preferencialmente de forma não invasiva, de um grande número de animais,
principalmente animais de estimação, animais domésticos e animais selvagens que
estão próximos das populações humanas. É improvável que mais experiências de
laboratório com um pequeno número de animais consigam fornecer-nos as
evidências necessárias para termos certeza de que certas espécies são
totalmente seguras, o que torna a grandes operações de vigilância na única
opção real aqui". Obviamente que aguardamos novos desenvolvimentos sobre o
assunto.
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