segunda-feira, 22 de junho de 2020

CÃES E GATOS PODERÃO PROVOCAR UMA SEGUNDA VAGA DO CORONAVÍRUS?

Segundo a parecer e alerta de alguns especialistas, cães e gatos poderão desencadear uma segunda vaga do coronavírus, pelo que aconselham os sues donos a mantê-los fechados ou sob controlo, enquanto os pesquisadores pedem que os animais sejam testados. Os cientistas temem que os animais de estimação possam transmitir o vírus aos seres humanos, causando outra onda mortal de Covid-19. Houve relatos conflituantes desde o início da pandemia acerca dos animais de estimação representarem ou não algum risco, segundo informa o The Mirror . Agora, os pesquisadores da University College London querem um programa de vigilância em massa de todos os animais que vivem perto dos seres humanos. Isto ocorre depois que Nadia, um tigre da Malásia de quatro anos de idade, contraiu coronavírus no Jardim Zoológico do Bronx.
A professora Joanne Santini (na foto seguinte) quer mais pesquisas e testes para saber que animais são susceptíveis ao Covid-19. Estudos anteriores sugeriram que o Covid-19 poderia ser transmitido aos animais porque a proteína de que depende é encontrada em muitas espécies. Até agora, gatos domésticos e selvagens, cães, hamsters, macacos e furões foram infectados pelo vírus. Alguns pesquisadores afirmam que os animais silvestres de criação, como porcos, visons, morcegos e roedores, poderiam actuar como "espécies reservatório" do vírus. Pode ser difícil identificar se alguns animais estão infectados com o vírus, porque enquanto uns apresentam sintomas, outros mostram-se assintomáticos. Se um animal apresentar um resultado positivo para coronavírus, ele precisará ser colocado em quarentena ou abatido. Na Holanda, 10.000 visons criados foram mortos após serem infectados com o vírus e tê-lo transmitido a duas pessoas.
Os Centros dos Estados Unidos para o Controlo e Prevenção de Doenças reconhecem que gatos, cães e outros animais podem ser infectados. A organização actualizou os seus conselhos alertando as pessoas para não deixarem os seus animais de estimação interagirem com outros animais ou pessoas fora de casa. A professora Santini escreveu na  revista médica The Lancet Microbe : "Há evidências crescentes de que alguns animais podem ser infectados por pessoas com o SARS-CoV-2 e, posteriormente, transmiti-lo a outras pessoas - mas não sabemos exactamente qual o nível de risco que representa, pois é uma área de estudo a quem não foi dada ainda prioridade. "Precisamos de desenvolver estratégias de vigilância para garantir que não seremos apanhados de surpresa por um grande surto animal, o que poderá representar uma ameaça não só para à saúde animal, mas também para a saúde humana.”
"A transmissão de vírus em populações animais pode tornar-se irreversível se deixada sem controlo e pode ameaçar o sucesso das medidas de saúde pública existentes se as pessoas continuarem a apanhar o vírus numa população infectada de animais". A professora Sarah Edwards acrescentou: "Há uma necessidade urgente de vigilância generalizada, de testar amostras, preferencialmente de forma não invasiva, de um grande número de animais, principalmente animais de estimação, animais domésticos e animais selvagens que estão próximos das populações humanas. É improvável que mais experiências de laboratório com um pequeno número de animais consigam fornecer-nos as evidências necessárias para termos certeza de que certas espécies são totalmente seguras, o que torna a grandes operações de vigilância na única opção real aqui". Obviamente que aguardamos novos desenvolvimentos sobre o assunto.

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