quinta-feira, 25 de junho de 2020

DAVA-LHES DE COMER E MORREU POR CAUSA DELES

Na noite do passado domingo, na cidade indiana de Nova Delhi, no central e pitoresco bairro de Paharganj, onde há de tudo um pouco, um homem de 57 anos, Brij Mohan, que costumava alimentar os cães vadios ao redor de sua casa, foi esfaqueado por um vizinho até à morte, homem que anteriormente já havia sido atacado pelos cães, segundo revelou ontem a polícia local, quarta-feira. Brij Mohan amava os cães e alimentava-os regularmente. No domingo à noite, o seu jovem vizinho chamado Prahlad, de 21 anos de idade, depois de ter sido atacado pelos cães, envolveu-se numa acesa discussão com o seu protector, ao ponto de usarem de linguagem abusiva. De acordo com o que a polícia fez saber, Prahlad disse a Mohan que ao alimentar os cães podia estar a contribuir para mais ataques caninos naquela área. Mais tarde, não satisfeito, Prahlad saiu de casa com uma faca e foi ao encontro do protector dos cães, ocasião em que supostamente o esfaqueou até à morte. Mohan foi levado às pressas para um hospital próximo onde morreu durante o tratamento.
Depois do homicídio foi aberto um processo e procedeu-se às diligências que possibilitaram a captura do presumível homicida, que segundo Sanjay Bhatia, vice-comissário da Polícia Central, pôs-se em fuga logo após o incidente. “Depois de recebermos informações de que Prahlad estava escondido nalgum local próximo da área de Sabzi Mandi Krishna Market, em Paharganj, e passeava pelas ruas com o rosto coberto por uma máscara, nós prendemo-lo na área", disse o polícia atrás citado. O acusado, que é DJ e filho de um pasteleiro, foi ontem preso e a arma do crime foi também recuperada. A Índia anda há anos a tentar resolver o problema dos cães vadios e ainda não arranjou para ele solução. Entretanto, há por lá quem assassine cães, seja por eles assassinado ou morra por causa deles, como foi o caso. Terá esta enigmática e grande nação metafísica a mais e senso comum a menos? Quando valerá a vida de um indiano comum? Penso que bem menos do que pagam actualmente os laboratórios farmacêuticos ocidentais pelas cobaias humanas que contratam naquele subcontinente.

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