Damos conta desta notícia
e transmitimos o seu comentário para aqueles que nunca se dão por vencidos, têm
“sangue na guelra”, espírito de iniciativa e ambição, que não se deixam enlear
pela corrupção e que abominam ser subsídio-dependentes, plebe cada vez mais
rara, mas em quem vale apostar. Todos sabemos que o mercado dos animais de
estimação acontece hoje à escala planetária, que oferece um sem número de novas
oportunidades para quem procura o sucesso e a consequente prosperidade.
Em Coswig, cidade alemã
localizada no distrito de Wittenberg, no Estado da Saxônia-Anhalt, vivem os
Düring, Carmen e Jörg, ela com 52 e ele com 53 anos, que há 20 anos mantêm
aberta uma alfaiataria na cidade. Há meia-dúzia de anos atrás, Jörg desejava
roupas de Inverno para a sua cadela Wilma (uma Leão da Rodésia agora com 8
anos) e não as encontrou, porque não se ajustavam ao corpo do animal.
E é aqui que a esposa de
Jörg, Carmen, “entra em cena”, ao desenvolver um novo corte de um bodywarmer canino feito sob medida,
dando origem a um novo negócio: o “RR DOG’s WARE”, uma pequena empresa familiar
de sucesso que tem à disposição de quem a procura 30 tecidos e cores à escolha,
preenchendo a necessidade de jaquetas, casacos, roupões de banho, calças
térmicas e coletes repelentes de insectos para cães.
Para que os amigos de
quatro patas sejam adequadamente protegidos no peito, abdómen e dorso, os
titulares do RR DOG’s WARE fazem medições de acordo com os pedidos, para que as
peças possam ser feitas com precisão em Coswig. Até à presente data, os Düring
já venderam 10.000 peças de vestuário e já têm clientes para além das
fronteiras alemãs, como no Luxemburgo, Áustria e Suíça. Neste momento,
atendendo às encomendas que têm, os Düring já podem contratar outra costureira
para os seus negócios, até porque têm outra máquina parada.
Poder-me-ão dizer que
empresas deste tipo não têm qualquer hipótese de concorrer contra as mega empresas
orientais, que mercê de uma mão-obra extraordinariamente barata e altos índices
de produção, conseguem colocar tudo no mercado a preços muito mais baixos.
Porém, ao analisar-se a sua qualidade, logo se vê que nada tem a ver com os
padrões que exigimos e estamos acostumados.
Pequenas empresas deste
ramo, reconhecida que é a qualidade dos nossos artífices, também porque há
lugar para todos como acontece no mundo da moda, podem ressuscitar com êxito as
indústrias familiares de confecções que outrora abundavam pelo norte do País,
sobrevivendo ainda algumas a trabalhar para marcas espanholas até que estas
deixem de pagar. E depois, se eu me ajeito a costurar e pretendo abrir uma
loja, mais vale que seja de roupa para cães do que para fazer ajustes e bainhas
de calças, serviços oferecidos em quase em todas as esquinas, muito cansativos,
pouco ou nada criativos, mal remunerados e sem futuro.
Quanto aos Düring, há que
dar-lhes os parabéns por se terem adaptado aos novos tempos e mantido aberta a
sua alfaiataria, ainda que com clientes diferentes.
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