Com o 13º mês a ser pago
em Novembro e com o consumismo que por aí grassa, tão agressivo que o “Papa Chico”
considerou-o um novo vírus contra a fé, atacando-a pela raiz, o Advento já não
é um período de preparação para o Natal, mas o seu prolongamento comercial,
debaixo de conselhos do tipo “compre hoje que pode esgotar-se” ou de
iniciativas como a “Black Friday”. Debaixo deste contexto descemos à cidade,
sem nada para vender ou comprar, unicamente apostados na sociabilização dos
nossos cães, amigos que merecem o nosso melhor e que carecem de constante
adaptação, já que tudo muda e passa num instante.
E como trelas com mais de
1 metro de comprimento podem dificultar o controlo dos cães, principalmente nas
ruas densamente povoadas e repletas de cães sofrivelmente educados (estamos a
ser generosos), optámos por conduzir os nossos cães com “trelas de suspensão”,
acessórios suspensos nos cintos que têm apenas 50 cm de comprimento, mas que
permitem aos cães sentar-se e deitar-se naturalmente.
O treino ocorreu neste
Sábado ao cair da noite e a coluna escolar foi capitaneada pelo José Maria e pela
CPA Mel, Porque o Paulo Jorge, que já tinha trabalhado de manhã com o CPA Bohr,
ficou encarregue da reportagem fotográfica.
Para além dos aspectos
ligados ao controlo dos cães, a trela de suspensão acaba por ser um “kit de
mãos livres”, obriga à concentração dos condutores, promove a supremacia dos
comandos verbais e facilita a condução em liberdade. Na foto seguinte podemos
ver a escola a executar um “Slalom de Esferas, tendo na frente o nosso “Crocodile
Dundee”, o José António, que a princípio sentiu algumas dificuldades na
adaptação ao novo acessório.
Treinar na via pública não
é tarefa fácil, porque a desconfiança pode tomar conta dos cães e a distracção
dos donos, particularmente quando os binómios “invadem” eventos muito concorridos,
movimentados e ruidosos. Diante destas dificuldades, o melhor que há a fazer é
levar a cabo pequenas sessões de treino de cada vez, antes que o disparate aconteça
e surja o irremediável, aproveitando-se as pausas para os reparos necessários.
O nosso amigo Afonso,
honra lhe seja feita, porque trabalhou para isso, já consegue andar coma Nasha
em liberdade por toda a parte, apesar do reduzido número das suas primaveras,
sendo causa de espanto e admiração para quem o observa a conduzir assim a Fila
que lhe pertence.
Sábado contámos com a presença
do Henrique, menino responsável e ajuizado que deu boa conta de si e soube conduzir
com rigor a sua dócil Serra da estrela, espelhando um senso de responsabilidade
louvável e incomum na sua idade. Na foto abaixo vemo-lo a correr com a sua
cadela, empenhado em vencer o exercício que lhe foi distribuído.
Com tanta gente a passar
na nossa frente e com o fumo das castanhas assadas no ar, também perante alguns
curiosos, treinámos e reforçámos o “quieto” a diferentes distâncias para o usarmos
êxito nas mais variadas situações e lugares. Em primeiro plano vemos o José Maria
a atrair a atenção da CPA Mel e ao fundo a Svetlana a deitar o CPA Bohr.
Compenetrada no estava a
fazer, a classe escolar quase que passou despercebida no meio da “Feira de
Natal”, porque os cães mostraram-se bem enquadrados com os donos e estes sabiam
ao que iam. E como nestas coisas há sempre uma excepção que confirma a regra, a
Fila Lexa mostrou-se bastante incomodada ao andar por aquelas paragens.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Nasha; Henrique/Serra; José António/Ben; José
Maria/Mel, Svetlana/Bohr e Tomás/Lexa. A reportagem fotográfica esteve a cargo
do Paulo Jorge e do José António e sentimos a falta do Jorge e do Soneca.
Voltaremos
para a semana com outras actividades e desafios. Até lá, uma profícua semana de
trabalho para todos – o País agradece.
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