sábado, 21 de dezembro de 2019

ALEMANHA NA CRISTA DA ONDA

A Alemanha já tem o seu primeiro clonado, propriedade de um casal na Saxónia, em Dresden, um English Bulldog de 15 meses chamado Marlon, nascido a 11 de Setembro de 2018, na capital da Coreia do Sul, na já sobejamente conhecida Sooam Biotech Research Foundation, líder mundial em clonagem comercial de cães. O doador deste clone, com o mesmo nome e propriedade do mesmo casal, morreu seis meses antes, vítima de um anestésico forte demais numa operação de rotina. Não obstante, os cientistas da Soam conseguiram uma cópia viva do animal morto.
Em casos destes, para que tudo corra conforme o esperado, a amostra de tecido do cão morto deverá ser entregue, no prazo máximo de 5 dias, ao instituo veterinário e pioneiro de clones de Hwang Woo Suk. Durante a clonagem, os pesquisadores sul-coreanos inserem o material genético de uma célula do cão doador numa célula-ovo, da qual tiraram previamente o seu núcleo. O embrião criado em laboratório é depois implantado no útero de outro animal que o carrega. Como nada é gratuito, a clonagem de um cão custa ali 100.000 dólares americanos.
O proprietário do clone, sumariamente identificado por Steven J., anda profundamente irritado com as críticas anónimas que lhe têm feito na Internet devido ao montante envolvido. Segundo ele “quem comprar um carro desportivo por aquele dinheiro acabará felicitado”, que cada um deverá usar o seu dinheiro como entender. Por conta desta agitação, os proprietários do clone optaram pelo anonimato. Segundo eles, que se satisfariam apenas com 50 ou 60% do velho Marlon no novo, o clone é 100% igual ao seu doador, tanto na sua personalidade como no comportamento, que “ mal nos viramos, ele aparece novamente ao nosso lado”. Contudo, existe uma pequena diferença entre ambos: o clone tem uma mancha castanha sobre um dos olhos e o original tinha-a na cabeça.
A “Família J.” é agora parceira oficial da Soam, uma sua embaixadora junto das pessoas de língua alemã interessadas em clonar os seus cães, na Alemanha, Suíça e Áustria. Desde a sua fundação (2006) até à presente data, a Sooam já clonou com sucesso 1435 cães. O número de clientes que optam por clonar os seus animais de estimação permanece estável. Porém, a sua procura diminuiu um pouco devido à entrada no mercado de empresas congéneres dos Estados Unidos e da China, segundo fez saber uma porta-voz da Sooam. Agora já existe um segundo cão clone na Alemanha. Como acontece com o Marlon, o seu local de residência permanece em segredo para evitar contestações. A partir da próxima semana, a “família J.” planeia lançar um site sobre o assunto. O endereço é www.tierklonhilfe.de.
Dirão por cá alguns ajuizados, entendidos por outros como chauvinistas, que, com tanta gentinha neste mundo a passar fome, ainda há quem tenha o desplante de mandar clonar cães. Há várias lições a tirar disto tudo: a primeira é que ninguém irá parar a clonagem, a segunda é que a clonagem humana estará para breve e a terceira é que os cães doravante serão menos díspares e de melhor qualidade, o que porá em causa a sua biodiversidade e não deixará de ter consequências. Como já noticiámos, A polícia chinesa já tem em andamento um processo destes (clonagem de cães policiais). Pergunta-se: o que andarão a fazer os nossos amigos russos? Como de costume - ninguém sabe!

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