A Alemanha já tem o seu
primeiro clonado, propriedade de um casal na Saxónia, em Dresden, um English
Bulldog de 15 meses chamado Marlon, nascido a 11 de Setembro de 2018, na capital
da Coreia do Sul, na já sobejamente conhecida Sooam Biotech Research Foundation,
líder mundial em clonagem comercial de cães. O doador deste clone, com o mesmo
nome e propriedade do mesmo casal, morreu seis meses antes, vítima de um
anestésico forte demais numa operação de rotina. Não obstante, os cientistas da
Soam conseguiram uma cópia viva do animal morto.
Em casos destes, para que tudo
corra conforme o esperado, a amostra de tecido do cão morto deverá ser entregue,
no prazo máximo de 5 dias, ao instituo veterinário e pioneiro de clones de
Hwang Woo Suk. Durante a clonagem, os pesquisadores sul-coreanos inserem o
material genético de uma célula do cão doador numa célula-ovo, da qual tiraram previamente
o seu núcleo. O embrião criado em laboratório é depois implantado no útero de
outro animal que o carrega. Como nada é gratuito, a clonagem de um cão custa
ali 100.000 dólares americanos.
O proprietário do clone,
sumariamente identificado por Steven J., anda profundamente irritado com as
críticas anónimas que lhe têm feito na Internet devido ao montante envolvido.
Segundo ele “quem comprar um carro desportivo por aquele dinheiro acabará
felicitado”, que cada um deverá usar o seu dinheiro como entender. Por conta
desta agitação, os proprietários do clone optaram pelo anonimato. Segundo eles,
que se satisfariam apenas com 50 ou 60% do velho Marlon no novo, o clone é 100%
igual ao seu doador, tanto na sua personalidade como no comportamento, que “
mal nos viramos, ele aparece novamente ao nosso lado”. Contudo, existe uma
pequena diferença entre ambos: o clone tem uma mancha castanha sobre um dos
olhos e o original tinha-a na cabeça.
A “Família J.” é agora
parceira oficial da Soam, uma sua embaixadora junto das pessoas de língua alemã
interessadas em clonar os seus cães, na Alemanha, Suíça e Áustria. Desde a sua
fundação (2006) até à presente data, a Sooam já clonou com sucesso 1435 cães. O
número de clientes que optam por clonar os seus animais de estimação permanece
estável. Porém, a sua procura diminuiu um pouco devido à entrada no mercado de
empresas congéneres dos Estados Unidos e da China, segundo fez saber uma
porta-voz da Sooam. Agora já existe um segundo cão clone na Alemanha. Como
acontece com o Marlon, o seu local de residência permanece em segredo para
evitar contestações. A partir da próxima semana, a “família J.” planeia lançar
um site sobre o assunto. O endereço é www.tierklonhilfe.de.
Dirão por cá alguns ajuizados,
entendidos por outros como chauvinistas, que, com tanta gentinha neste mundo a
passar fome, ainda há quem tenha o desplante de mandar clonar cães. Há várias
lições a tirar disto tudo: a primeira é que ninguém irá parar a clonagem, a segunda
é que a clonagem humana estará para breve e a terceira é que os cães doravante
serão menos díspares e de melhor qualidade, o que porá em causa a sua
biodiversidade e não deixará de ter consequências. Como já noticiámos, A
polícia chinesa já tem em andamento um processo destes (clonagem de cães
policiais). Pergunta-se: o que andarão a fazer os nossos amigos russos? Como de
costume - ninguém sabe!
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