segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

MARCAR TERRITÓRIO, SIM OU NÃO?

O hábito canino de marcar território através da urina é um hábito mais enraizado nos machos, que depois da maturidade sexual e de se encontrarem fisicamente estabilizados, urinam sobre as marcas deixadas pelos outros cães em árvores, paredes, esquinas e pneus. Por seu lado, os machos castrados diminuem a sua frequência ou tendem a abandonar este hábito, coabitando com os odores dos outros cães com alguma indiferença e desprezando os seus avisos, invadindo o território de outros como cordeiros para o matadouro. Devemos deixar os cães marcar território ou não? Sim, se alcançarmos a sociabilização dos animais antes da fixação do hábito; sim, se atentarmos para o seu bem-estar; sim, se os cães se destinarem à competição e sim, se os cães forem endereçados à protecção civil, forças policiais e militares.
A proibição da marcação de território canino, por ser um procedimento inibitório agressivo e muito lesivo, pode “rebentar” com qualquer valente (daí poder ser usado como subsídio nos processos de reeducação); condenar os animais à letargia e à indiferença; promover-lhes um conjunto de manhas; fragilizar o carácter dos cães; enfraquecer os seus impulsos à luta e ao poder e comprometer a sua autonomia por carência de estímulos quando isolados. Há serviços destinados aos cães que pelo seu particular não podem pactuar com a marcação territorial arbitrária (não são difíceis de adivinhar). Por seu lado, a exagerada marcação territorial, quando estimulada ou não contrariada, ao promover a potenciação do impulso ao poder, pode levar os animais, à insubordinação e até ao desafio dos próprios donos. Lembre-se que o seu cão ao marcar o território está a dizer “este é o meu território, aqui mando eu!”, cabendo-lhe a si investi-lo de maior ou menor poder, mas nunca um tão grande que leve o animal a subordiná-lo!

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