segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

QUEM VAI À GUERRA DÁ E LEVA: A PATRULHA SÉNIOR DE COMOX

Como se já não bastassem os disparates perpetrados pelos cães de certa gente na sua própria casa, ainda temos que suportá-los na via pública, soltos e em contravenção com a lei, a encardir as calçadas com o resto dos seus dejectos, a urinar às nossas portas e a empestar as nossas paredes com os seus desarranjos intestinais. Cães assim, que nem os donos respeitam, como poderão respeitar quem desconhecem quando soltos na rua? As suas primeiras vítimas, para além das crianças, são aquelas pessoas que têm lugar reservado nos transportes públicos: as grávidas, os idosos e os deficientes, gente com dificuldades acrescidas de locomoção, que por causa disso despertam a atenção dos cães e acabam vítimas da sua estranheza. Andar na rua a certas horas é como uma guerra e diz-se que quem lá vai, dá e leva, o que não deixa de ser uma grande verdade e obriga cada um a desenrascar-se como pode.
Um casal de septuagenários residente em Courtenay, cidade a 4 km de Comox, na Ilha de Vancouver/Columbia Britânica/Canadá, temendo ser jogado ao chão por cães soltos, mal algum deles se aproxima, borrifa-o imediatamente com um spray de gás pimenta, independentemente da sua prestação ou serviço. Como já vários cães foram atingidos, alguns donos já colocaram cartazes na área a avisar da presença desta patrulha sénior, aconselhando todos a circular com os seus cães à trela, apesar da cidade ainda não o obrigar. Entretanto a polícia local aguarda ocasião para deitar a mão aos precavidos velhotes. Estes confrontos tendem a ser solucionados com o aumento de parques e trilhos destinados aos cães e Comox irá ter mais um parque canino já no próximo Janeiro.
Lá como cá, antes que os conflitos se agravem e os cães venham a pagar as favas, a ser agredidos ou a morrer envenenados, urge fazer mais parques caninos nas áreas urbanas e atribuir-lhes trilhos próprios, porque doutra maneira, considerando o exagerado número de cães citadinos e a eventualidade dos incómodos que poderão causar, os actuais parques comuns, saturados sobretudo de aposentados e turistas, poderão vir a ser testemunhas de episódios menos dignos, que ninguém deseja ver ou vivenciar.

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