A SOCIEDADE DE ONTÁRIO PARA A PREVENÇÃO
DA CRUELDADE CONTRA OS ANIMAIS (OSPCA)
tomou duas medidas inéditas: não voltará a abater cães envolvidos em ataques
(incluindo Pit Bulls), conforme exige a lei e que “onde a legislação entrar em
conflito com a missão da agência, a SPCA de Ontário recusa-se a aplicar essa
legislação”, segundo um memorando interno obtido pela Canadian Press, documento
datado de 09 de Outubro de 2018.
A única excepção ao acima
exposto, segundo a mesma agência, será quanto o abate do animal for recomendado
por um veterinário e for “a acção mais humana para o animal”, segundo a ordem
entregue aos polícias nas duas reuniões realizadas em Outubro na sede da
agência, em Stouffville, Ontário, a norte de Toronto.
Também no que concerne
especificamente aos Pit Bulls, que são proibidos nesta província canadiana, a
OSPCA confirmou a sua mudança de política, ao dizer que removerá aqueles que
não têm problemas comportamentais para locais onde a sua posse é legal, ao
invés de proceder à sua eliminação.
Convém esclarecer que os
investigadores do SPCA de Ontário (OSPCA) podem aplicar qualquer lei relativa à
prevenção da crueldade e do bem-estar dos animais, incluindo a legislação
relativa aos animais dentro do Código Penal. Por outro lado, a legislação
provincial dota os investigadores da OSPCA do poder policial para agir em casos
relatados de crueldade contra os animais, sendo por isso uma força auxiliar da
polícia nestas situações.
Na compreensão actual
desta sociedade fundada em 1873 e fazendo jus ao propósito que presidiu à sua
criação, ela existe para a prevenção da crueldade contra os animais e não para
tomar parte dela, posição que nos parece simultaneamente séria, justa e
arrojada, capaz de criar alguns amargos de boca aos políticos, aos tribunais e
à polícia. A OSPCA torna-se assim pioneira na abolição da pena de morte para
cães e contra a sua discriminação.
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