Apesar da falcoaria estar
a renascer, longe vão os tempos em que os homens caçavam a cavalo, acompanhados
de uma águia e um lebrel, modalidade cinegética que árabes e mongóis ainda
conservam na sua cultura e tradições. Um caçador assim munido, usufruindo da
interacção dos dois animais, um que operava por via aérea e outro por via
terrestre, bem depressa e com grande eficácia via satisfeitos os seus intentos,
tornando-se assim num exímio caçador e num predador de topo.
Chegados à era das novas
tecnologias, com um maior respeito pelo bem-estar dos animais que nos rodeiam,
os cães outrora caçadores tornaram-se animais de busca, resgate e salvamento,
trabalhando agora em parceria com drones no lugar das águias, para valerem mais
depressa a quem necessita do seu socorro. Este novo método cinotécnico, pelo que
tem de peculiar, veio agilizar tanto a captura como o resgate de pessoas.
Desde o ano passado que a
combinação cão/drone é usada na Suíça por ganhar mais tempo, ser mais eficiente
e ser mais rápida a encontrar pessoas desaparecidas. No fim-de-semana que ontem
findou, numa busca de 10 milhas ao redor de New Ash Green, Kent/UK, no intuito
de encontrar Sarah Wellgreen, desaparecida desde a noite de 09 de Outubro
último (há 8 semanas), também foram utilizados cães e drones, ainda que
infrutiferamente.
Como se depreende, também
os cães terão que se adaptar às novidades tecnológicas para melhorar as suas
prestações, trabalhando em parceria com máquinas que substituirão pelo tempo
necessário a presença física dos seus condutores, que continuarão a gerir o seu
esforço e acções invariavelmente por controlo remoto, o que não sendo uma
tarefa de fácil absorção, é felizmente possível graças à extraordinária
adaptabilidade canina. No dia em que conseguirmos dotar as máquinas de células
animais, o que não deve demorar muito, até os cães serão dispensados das suas
históricas e usuais tarefas.
Sem comentários:
Enviar um comentário