segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

CÃES E DRONES COMO OUTRORA GALGOS E ÁGUIAS

Apesar da falcoaria estar a renascer, longe vão os tempos em que os homens caçavam a cavalo, acompanhados de uma águia e um lebrel, modalidade cinegética que árabes e mongóis ainda conservam na sua cultura e tradições. Um caçador assim munido, usufruindo da interacção dos dois animais, um que operava por via aérea e outro por via terrestre, bem depressa e com grande eficácia via satisfeitos os seus intentos, tornando-se assim num exímio caçador e num predador de topo.
Chegados à era das novas tecnologias, com um maior respeito pelo bem-estar dos animais que nos rodeiam, os cães outrora caçadores tornaram-se animais de busca, resgate e salvamento, trabalhando agora em parceria com drones no lugar das águias, para valerem mais depressa a quem necessita do seu socorro. Este novo método cinotécnico, pelo que tem de peculiar, veio agilizar tanto a captura como o resgate de pessoas.
Desde o ano passado que a combinação cão/drone é usada na Suíça por ganhar mais tempo, ser mais eficiente e ser mais rápida a encontrar pessoas desaparecidas. No fim-de-semana que ontem findou, numa busca de 10 milhas ao redor de New Ash Green, Kent/UK, no intuito de encontrar Sarah Wellgreen, desaparecida desde a noite de 09 de Outubro último (há 8 semanas), também foram utilizados cães e drones, ainda que infrutiferamente.
Como se depreende, também os cães terão que se adaptar às novidades tecnológicas para melhorar as suas prestações, trabalhando em parceria com máquinas que substituirão pelo tempo necessário a presença física dos seus condutores, que continuarão a gerir o seu esforço e acções invariavelmente por controlo remoto, o que não sendo uma tarefa de fácil absorção, é felizmente possível graças à extraordinária adaptabilidade canina. No dia em que conseguirmos dotar as máquinas de células animais, o que não deve demorar muito, até os cães serão dispensados das suas históricas e usuais tarefas.

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