O TOLLER,
como é tratado por quem o conhece, oficialmente reconhecido pelo Canadian
Kennel Club (CKC) como NOVA
SCOTIA DUCK TOLLING RETRIEVER em 1945, é um cão
vermelho ou laranja, natural de Yarmouth no Distrito de Litle River, sudeste da
província canadiana marítima e atlântica da Nova Escócia, sendo o menos
conhecido dos Retrievers e também o mais pequeno, oscilando entre os 43 e 53 cm
e os 16 e 23 kg.
A sua sobrevivência
enquanto raça deve-se em primeiro lugar ao movimento que empresta à sua cauda,
que ao aguçar a curiosidade de patos e outras aves, atrai-os e arrasta-os para
si, funcionando como um autêntico chamariz, vantagem que mais nenhuma raça
canina carrega e que não o impede de ser um levantador de caça por excelência.
Este retrievier de pêlo
duplo e comprido pertencente ao Grupo 8, descende dos cães dos índios Micmac
que vieram a ser beneficiados maioritariamente por raças como o Cocker Spaniel
e o Setter Irlandês. É admirado pelo seu asseio, beleza, inteligência e robustez
(rusticidade), um caçador anfíbio inveterado, persistente e tenaz, capaz de não
dar tréguas a pequenos mamíferos terrestres, caçando com igual desembaraçado
coelhos.
É um cão que não exige um
dono experiente, que se adapta sem dificuldades a viver num apartamento e que
resiste bem ao frio e ao calor, muito embora não aprecie ficar só. Extremamente
simpático, é afável com a família e não manifesta antipatia ou aversão a
estranhos, sociabiliza-se facilmente com outros cães, tolera os gatos e é
extremamente amigo das crianças.
O Toller é por norma
saudável e de fácil limpeza, apesar de tender à obesidade e de largar alguma
quantidade de pêlo. Treiná-lo é fácil ainda que tenda a ladrar em demasia.
Extremamente energético, necessita de exercício e desafios diários porque é
curioso e cúmplice, não dispensando uma hora de excursão diária quando
confinado em casa. Contudo, é menos maçador e manifesta menos ansiedade em
agradar que o Labrador e o Golden Retriever.
As afecções mais comuns na
raça são: Displasia coxo-femoral, Atrofia Retiniana Progressiva (PRA), Anomalia
do olho de Collie e surdez. Esta última afecção é menos comum e não acontece em
todas as linhas de criação, atacando somente algumas a partir dos 7 e 8 anos de
idade dos cães. Os clubes da raça canadianos e norte-americanos já emitem
certificados de isenção destas maleitas devido aos sérios despistes que têm vindo
a efectuar.
A sua carga energética,
capacidade de aprendizagem, necessidade de exercício e pouco peso fazem do
Toller um atleta canino de eleição, tornando-o próprio para vários desportos
caninos e particularmente indicado para o Agility, onde por vezes se confunde
com o Borde Collie vermelho.
Quando treinado para isso,
pode ser um excelente cão de resgate e um fiel detector de cadáveres submersos,
porque se sente como peixe dentro de água, mergulhando e submergindo facilmente
para procurar objectos ou animais nos leitos dos rios.
A quem agradará um Toller?
A quem se dedica à caça de aves aquáticas, a quem procura um cão de desporto ou
um companheiro fiável para os seus filhos. O que tem para oferecer aos
adestradores profissionais? Basicamente um parceiro dotado e sério para o
rastreamento e resgate.
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