quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A MAGGIE FOI À PRAIA

Valha-nos o Zéfiro, brisa fresca de Oeste e alguma frente polar que eventualmente por aqui passe, neste Outono ensoleirado, quente, seco e sem chuva. Tirando partido do tempo e do final da época balnear, hoje decidimos levar a Maggie à praia, a Bull Terrier branca, com 10 meses de idade, que dia após dia mais nos conquista o coração. E como para além da ambientação àquele ecossistema importava que a nossa amiga fizesse exercício específico (aeróbico e anaeróbico), acabámos por servimo-nos das estruturas e dos equipamentos encontrados à beira-mar, não sem antes termos reavivado os comandos de obediência linear à trela.
E como “à mão de semear” encontrámos um parque infantil deserto, decidimos aproveitar o seu bloco central para melhorar a subida de escadas pela cadela, que acabou por subir e descê-las em liberdade e em segurança, no que foi amplamente felicitada pela dona que também serviu de fotógrafa para esta reportagem.
Depois desse trabalho, optámos por um momento de descanso e supercompensação, porque não há carinho que baste quando os molossos acusam a sobrecarga. Assim, dirigimo-nos a um café ali perto, que por sinal abre bem tarde e cujos empregados são inimigos da pressa, sentámo-nos numa mesa da esplanada e solicitámos à Maggie que fizesse o mesmo, desejo que vimos cumprido adornado por um comportamento exemplar (parecia uma distinta senhora ou uma turista a necessitar de creme protector).
Na procura de outros obstáculos, deparámo-nos com uma grade semicircular para parqueamento de bicicletas e lembrámo-nos imediatamente que podia servir-nos de túnel para a Bull Terrier. Sem hesitar e certos da capacidade de resolução da cachorra, convidámo-la para se internar naquela estrutura metálica, primeiro com a ajuda da trela e depois com ela em liberdade. A transição da trela para a liberdade aconteceu num ápice, facto a que não alheia a presença e o convite da dona no final daquele improvisado túnel.
E como o trabalho corria de feição e havia nas redondezas vários conjuntos de bancos separados entre si, não mais que 45 cm, decidimos servir-nos deles como “pódio”, exercício que muito agradou à Maggie apesar de ser uma novidade para ela. Escusado será dizer que bem depressa o ultrapassou confiante e em liberdade, não se intimidando com o espaço existente entre as tábuas dos tampos.
No final da sessão de treino, já a caminho de casa e com a cachorra atrelada, tirámos partido do comando de “atenção”, que funcionou na perfeição diante de gente especada na sua frente ou que de alguma forma parecia querer constituir-se em ameaça ou agredi-la, ocasiões em que a Maggie ladrou e nunca recuou. E porque é também importante que a sua sociabilização aconteça e não venha a ”varrer tudo a direito”, alternámos estas acções com outras em que deixámos algumas pessoas acariciá-la, manobra a que não se fez rogada. Para a história fica uma aula profícua dada no meio da rua, associada a uma agradável ida da Maggie à praia. E sabem que mais? Qualquer cão tem a ganhar com a variação dos ecossistemas no seu trabalho, quer seja de companhia, serviço, guarda ou destinado ao mundo do espectáculo e da ficção!

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