Valha-nos o Zéfiro, brisa
fresca de Oeste e alguma frente polar que eventualmente por aqui passe, neste
Outono ensoleirado, quente, seco e sem chuva. Tirando partido do tempo e do
final da época balnear, hoje decidimos levar a Maggie à praia, a Bull Terrier
branca, com 10 meses de idade, que dia após dia mais nos conquista o coração. E
como para além da ambientação àquele ecossistema importava que a nossa amiga
fizesse exercício específico (aeróbico e anaeróbico), acabámos por servimo-nos
das estruturas e dos equipamentos encontrados à beira-mar, não sem antes termos
reavivado os comandos de obediência linear à trela.
E como “à mão de semear”
encontrámos um parque infantil deserto, decidimos aproveitar o seu bloco
central para melhorar a subida de escadas pela cadela, que acabou por subir e
descê-las em liberdade e em segurança, no que foi amplamente felicitada pela
dona que também serviu de fotógrafa para esta reportagem.
Depois desse trabalho,
optámos por um momento de descanso e supercompensação, porque não há carinho
que baste quando os molossos acusam a sobrecarga. Assim, dirigimo-nos a um café
ali perto, que por sinal abre bem tarde e cujos empregados são inimigos da
pressa, sentámo-nos numa mesa da esplanada e solicitámos à Maggie que fizesse o
mesmo, desejo que vimos cumprido adornado por um comportamento exemplar (parecia
uma distinta senhora ou uma turista a necessitar de creme protector).
Na procura de outros
obstáculos, deparámo-nos com uma grade semicircular para parqueamento de
bicicletas e lembrámo-nos imediatamente que podia servir-nos de túnel para a
Bull Terrier. Sem hesitar e certos da capacidade de resolução da cachorra,
convidámo-la para se internar naquela estrutura metálica, primeiro com a ajuda
da trela e depois com ela em liberdade. A transição da trela para a liberdade
aconteceu num ápice, facto a que não alheia a presença e o convite da dona no
final daquele improvisado túnel.
E como o trabalho corria
de feição e havia nas redondezas vários conjuntos de bancos separados entre si,
não mais que 45 cm, decidimos servir-nos deles como “pódio”, exercício que
muito agradou à Maggie apesar de ser uma novidade para ela. Escusado será dizer
que bem depressa o ultrapassou confiante e em liberdade, não se intimidando com
o espaço existente entre as tábuas dos tampos.
No final da sessão de
treino, já a caminho de casa e com a cachorra atrelada, tirámos partido do comando
de “atenção”, que funcionou na perfeição diante de gente especada na sua frente
ou que de alguma forma parecia querer constituir-se em ameaça ou agredi-la,
ocasiões em que a Maggie ladrou e nunca recuou. E porque é também importante
que a sua sociabilização aconteça e não venha a ”varrer tudo a direito”,
alternámos estas acções com outras em que deixámos algumas pessoas acariciá-la,
manobra a que não se fez rogada. Para a história fica uma aula profícua dada no
meio da rua, associada a uma agradável ida da Maggie à praia. E sabem que mais? Qualquer cão tem a ganhar com a variação dos ecossistemas no seu trabalho, quer seja de companhia, serviço, guarda ou destinado ao mundo do espectáculo e da ficção!
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