Infelizmente não foi só em
Portugal que aconteceram grandes incêndios este Verão, eles repartiram-se por
várias partes do globo nesta ocasião. Um dos grandes incêndios deste ano deflagrou
na Província canadiana da Colúmbia Britânica, província que é a mais ocidental
do Canadá e que se encontra entre o Oceano Pacífico e as Montanhas Rochosas,
lar de mais de quatro milhões de canadianos e onde em Julho arderam mais de 9.000
km2 que causaram prejuízos na ordem dos 180 milhões de euros.
Não lhe sobrando outro
remédio, a Sr.ª Lynn Landry viu-se obrigada a abandonar à pressa a sua casa por
20 dias e a deixar para trás um casal de cães Pastor Maremano-Abruzês, a quem
deixou comer, respectivamente o Tad e a Sophie e com eles um rebanho de 90
ovelhas. Temeu-se o pior, mas ao voltar para casa aquela criadora de ovinos
teve uma agradável surpresa: das 90 ovelhas que deixou só uma mais velha pereceu,
as restantes 89 escaparam ilesas graças ao cuidado dos cães, que as guiaram no
meio das labaredas e protegeram de ursos e coiotes famintos.
Apesar da origem destes
cães remontar aos confins dos tempos, esta raça italiana só foi reconhecida no
final do Séc.XIX e foi sujeita a fusão com outra de igual valor e aptidão já no
Séc.XX. Natural das Montanhas dos Abruzzos, no centro da península itálica, o
Cão de Pastor Maremano-Abruzês é um pastor nato e valente, próprio para guardar
qualquer espécie de rebanho, seja ele de vacas, cavalos, lamas, cabras, ovelhas
e de até de galinhas, fazendo frente aos diferentes predadores que cada
continente oferece.
Ainda que a sorte
estivesse do lado dos cães, somos obrigados a realçar a dedicação e valentia
destes dois pastores. Por isso, venham de lá três vivas para estes maremmanos!
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